domingo, 20 de setembro de 2009

VENDO ATRAVÉS DA JANELA


Só se vê bem quando se vê com o coração.
Há muito tempo atrás li uma estória mais ou menos assim:
Estavam dois pacientes no mesmo quarto do hospital. Um era cego e o outro não. O cego perguntou ao que via o que ele enxergava dali da janela, já que ele não poderia ver. E o conhecido de quarto disse-lhe:
Vejo um parque, com crianças brincando, muito felizes. Vejo pássaros, árvores, muita vida e muita alegria. Descrevia todo dia uma paisagem sobre o tal parque.
Depois de alguns dias não sei se o paciente veio a falecer, ou se teve alta, mas o final da história foi mais ou menos assim:
Veio outro paciente no lugar do que tinha saído, daí o cego pediu para que esse também descrevesse o que tinha lá fora, além da janela do hospital. E o outro paciente respondeu: Não tem nada além de uma parede de pedras. Só tem uma parede e nada mais que isso.
Coisa interessante: tem gente que consegue ter a alma tão doce a ponto de adoçar a vida dos que sofrem, principalmente daqueles que não conseguem enxergar, mas tem outros que preferem à vida tal qual ela é... Nua e crua.
Nua demais e crua demais.
Eu de minha parte preferiria fazer parte da primeira parte da história, mas muitas vezes passo aqui a realidade com toda dureza que ela se apresenta. Preciso aprender a ser mais doce e a adoçar mais a vida dos meus semelhantes, a começar pelos meus aqui em casa.
Abraço. Lourdes

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