sábado, 23 de janeiro de 2010

SEJA AUTENTICO


Os existencialistas definem autenticidade, como a um estado em que o indivíduo está ciente da verdadeira natureza de nossa condição humana.
Segundo o Cristianismo, todos nós somos santos e pecadores, essa é nossa condição, enquanto seres humanos.
INAUTENTICIDADE é quando a pessoa é IGNORANTE quanto a essa realidade ou a nega.
Existencialistas discutem normalmente sobre:
- o absurdo;
- a alienação;
- a angústia e a
- autenticidade.
A pessoa que não é autêntica ignora ou nega a realidade.
Em Matrix personagens que se aproximam da autenticidade são considerados: ansiosos, alienados ou à beira da insanidade.
O movimento para sermos autênticos e verdadeiros implicaria em: angústia, deslocação social e às vezes loucura.
A autenticidade pode vir ou não acompanhada de extrema ansiedade e desconforto.
Para os existencialistas, a maioria de nós não somos autênticos ou verdadeiros. Por que?
Por causa da resistência psicológica e doutrinamento social.
A existência humana contêm fenômenos que preferimos negar: a morte, o sofrimento, a falta de sentido para a vida. Aqui quero colocar um parênteses, não sei bem se Alexandre, o grande, disse sobre um velho sábio uma vez: se você não fizer tal coisa que mando, matarei você. E o velho nem se mexeu, por que? Ele não se importava de morrer, para ele o morrer ou o viver era a mesma coisa. Daí Alexandre disse: como matarmos alguém que está disposto a morrer? O que significa que nunca deveríamos ter medo de que nos tirassem a vida, tal qual esse sábio. Com certeza o destemor demolirá o coração daquele que estiver disposto a nos matar. Grande sabedoria de vida essa. Legal mesmo.
Aprendi. Rsrsrsrsrs.
Mas de volta a Matrix. Para sermos autênticos, precisamos aceitar todos os aspectos do ser humano, nossas fragilidades, nossa humanidade. É PRECISO CONHECERMOS A NÓS MESMOS nós podemos e devemos mudar o mundo dentro e fora de nós.
O autêntico, aceita o diferente. Aceita e compreende as coisas, mesmo que não combine com a maioria. O AUTÊNTICO É LIVRE. Mas a maioria das pessoas não está pronta para ser livre. As pessoas resistem a conhecer a verdade e renunciam a qualquer um que pareça procurá-la.
É importante para a maioria das pessoas pensarem do mesmo modo.
Por causa da inautenticidade ou da mentira uma pessoa que caminha para uma percepção honesta da condição humana perde o apoio dos outros, quando mais precisa dele.
O autêntico é visto como alguém que tem um desvio comportamental.
A autenticidade nos leva a um isolamento social. Esse período de TRANSIÇÃO para a autenticidade parece com sentimento de LOUCURA. Esse movimento que nos leva a autenticidade, representa e ao mesmo tempo é experimentado como um movimento para a insanidade, pois a compreensão alcança na autenticidade transcendente, Deus, o que é estabelecido como ¨normal¨.
O indivíduo que se aproxima da verdade, da autenticidade, não só parece louco para os outros, mas provavelmente se sente louco também.
Alcançar a autenticidade implica em aceitar que somos criaturas frágeis e finitas com total responsabilidade sobre nós mesmos.
A vida não autêntica alivia a ansiedade, mas não a destrói. A ansiedade surge da natureza de nosso ser. O único meio de destruirmos a ansiedade é se destruíssemos a nós mesmos.
Uma pessoa não autêntica encobre a verdadeira causa de sua insegurança e a atribui a causas mundanas, tipo: culpamos o trabalho, as pessoas, a falta de algum objeto, a falta de um status específico.
Imaginamos que se conseguirmos o emprego, o carro, etc., nossas inseguranças e insatisfações seriam eliminadas.
Infelizmente nós indivíduos não autênticos, vivemos correndo de nosso SER e ao mesmo tempo recusamos reconhecer a verdadeira causa da fuga.
O modo não autêntico de viver também tem a conseqüência negativa de limitar a liberdade de um indivíduo. Encobrimos nossa própria natureza limitada. Isto não aprendemos de Jesus. Ele nunca escondia o que pensava ou sentia.
Negam sua própria liberdade, não tem uma percepção genuína, verdadeira, de suas reais possibilidades. Não admitem a verdadeira extensão de sua escolha.
Exemplo: ao invés de aproveitarem a oportunidade de criarem a si próprios, assumem identidades pré-determinadas. Assumem papéis ditados por outros e não feitos por si mesmos. Não podem fazer escolhas verdadeiramente informadas ou autônomas, (faculdade de se governar por suas próprias leis), as tais leis do Espírito Santo, segundo acreditamos em nossa Igreja Católica Apostólica Romana. Se recusam a serem honestos sobre o verdadeiro estado das coisas, fazem escolhas que correspondem a seus papéis pré-determinados ao invés de escolherem por si próprios. Tirando a responsabilidade de seus atos. Esses indivíduos obtém um certo conforto, porém isso somente acontece à custa da PERDA DA AUTONOMIA PESSOAL.
Na autonomia (faculdade de se governar por suas próprias leis), teremos que aceitar certos fatos perturbadores. Ela nos leva a abandonarmos certas ilusões sobre o mundo, não precisa nos induzir à loucura.
O SER AUTÊNTICO faz escolhas genuínas e nos leva a uma espécie de SERENIDADE e apreciação existencial. A existência é um DOM perfeitamente LIVRE. É uma plenitude que o homem nunca pode abandonar: DENSA – PESADA – DOCE (o existir, o viver).
Aceitar a verdadeira natureza da existência nos leva a pararmos de fugir e começarmos a viver.
Viver o dia-a-dia, sem justificativas e sem desculpas.
Embora a existência não seja tudo o que queremos, mas só nos sufoca se insistirmos que seja diferente do que é.
Se abrirmos mão dessas expectativas, podemos ver as coisas como elas são.
A autenticidade representa uma abertura para nós mesmos. A VERDADE DE NOSSA EXISTÊNCIA É SÓBRIA.
Bem, aqui está alguns dos pontos de vista deste livro. Aliás, gostei demais de lê-lo. Não assisti o filme, pois achei-o complexo demais para mim, mas a partir da leitura desse livro, achei que as conclusões do autor tem muito de verdade, sob o meu ponto de vista, é claro. Você pode e deve ter pontos de vista diferentes e até contrários, tudo bem... Afinal a escolha é sua, não minha, né mesmo?
Seja autêntico e portanto mais feliz.
Abraço. Lourdes Dias.