sábado, 15 de maio de 2010


ALCOÓLICOS DIFERENTE DE ALCOÓLATRAS.
Li não sei onde que alcoólicos são os doentes que normalmente já tem a pré disposição genética à doença do alcoolismo. Alcoólicos: doentes.
Alcoólatras: aqueles que têm no álcool ou na bebida o seu deus. Mas não são dependentes e nem doentes. Tipo uma idolatria.
Sempre penso em Jesus quando fez seu primeiro milagre em público. Era uma festa de casamento, onde se comemorava muitos dias, portanto vários dias de bebedeira. Quando o vinho acabou, e isso era vergonhoso aos noivos, Jesus resolveu fazer o milagre, transformou água em vinho. Seiscentos (600) litros de vinho, já pensou? Mas o interessante foi que Jesus fez isso quando a maioria dos convidados estavam bêbados. Por que Jesus fez isso? Será que Jesus não se preocupava com o alcoolismo, naquela época?
Eu se fosse Ele, pensaria assim: “Tá todo mundo bêbado. É ruim que vou dar mais bebida pra essa gente. Que bom que acabou o vinho, assim a festa acaba mais cedo e se os noivos ficarem envergonhados, isso também passará.” Não seria lógico esse tipo de pensamento? Mas já que os meus pensamentos não são os de Deus, Ele fez o contrário de tudo o que eu faria.
Minha família está acabando muito cedo por causa da doença do alcoolismo, daí eu tenho certas reservas em relação a isso. Você ver seus entes queridos morrendo por causa da “marvada pinga” não é lá muito legal, concordam?
Mas sei que se em minha família a pré disposição genética acontece, em casa é bom ter certos cuidados e evitar o primeiro gole é sempre bom... Porque depois do primeiro... Sempre vem os outros. Mas as festas são sempre regadas à cerveja. Aqui todo mundo tem dificuldade em parar no primeiro gole, coisa de falta de limites, ou de doença mesmo.
Penso que se somos pré dispostos o melhor seria não beber, mas e se somos sarados? Por que não? Naquele tempo a doença da época deveria ser o alcoolismo, pois a bebida fazia parte da cultura, e Jesus nem esquentava sua cabeça com isso.
Sei que tudo de mal sai de dentro de nós e que o que comemos ou bebemos não é o que nos faz mal. O mal ou a predisposição a ele está dentro de nós. Inclusive geneticamente falando. Pois o gen está em nós e não fora de nós. Portanto a pré disposição a essa ou aquela doença também está dentro de nós.
Então Jesus procurava curar de dentro para fora. Curar o mal pela raiz, ao invés de nesse caso, combater as conseqüências.
Mas nós que temos nossos doentes, sempre ficamos com um pé atrás em relação à bebida. Sempre. Gosto de beber, mas paro no primeiro gole. Ultimamente bebo mais cerveja sem álcool, já que gosto do sabor da cevada.
Mas em casa quase todo mundo bebe. Meus irmãos são artistas e seresteiros então dificilmente se livrarão da bebida. Dois deles já faleceram de cirrose e pancreatite, graças à bebida exagerada. Mas eles não querem curar-se, não estão pré dispostos a se curarem, então nada feito. Nem AA, nem orações, pois nem gostam de recebê-las, rezo a distância, pois sei que para Deus nada é impossível, mas Deus respeita muito nossa liberdade e nos entende também, eles não sabem como lidar sobriamente com suas dificuldades da alma. Cada um sabe onde cada coisa lhe aperta. Meus irmãos são sensíveis por demais. São lindos ébrios. Sabe a tal música? “Tornei-me um ébrio, e na bebida busco esquecer...” E coisa e tal. Eles cantam e são assim.
Abraço. Lourdes Dias.

terça-feira, 4 de maio de 2010

QUE ME IMPORTA SE NEM PAREÇA PÁSSARO...


O que me importa se ao final da missão eu nem pareça com um pássaro. O que importa realmente é terminar a missão. O que importa é ir, e ir até o fim.
Embora muitas vezes pense em desistir. Daí, sempre desisto de desistir. Rsrs...
Estava pensando nessa coisa de acabar algo começado, neste caso seria algo que temos que fazer,não importando como chegaremos no final: se inteiros ou aos pedaços. A missão passa a ser a coisa mais importante a ser realizada, mesmo que no final estejamos só o pó como dizem as pessoas.
Tem uma música que diz assim: Que me importa se a mula é manca. Rsrsrs... Ou seja, que me importa se a mula que vai me levar até o fim, é manca, ou se é um cavalo alazão, ou mesmo um cavalo de corrida? Importa é chegar. Importa o dizer: missão cumprida.
Nesse caso penso assim: que me importa se eu sou a mula manca, se sou o cavalo alazão, a águia, o coelho, a tartaruga... e assim vai. O que sou não tem a a menor importância, se sou rápida como o coelho ou lenta como a tartaruga. Se sou como um cavalo rápido de corrida ou uma mula manca, lentinha, lentinha... Nada disso é importante. Se vou montada no cavalo de corrida ou na mula manca. Se sou essa mula.. E daí? Eu quero é chegar. Minha meta é chegar.
Como pessoa em busca de santidade.
Como mãe e esposa.
Como filha.
Como pessoa de uma comunidade.
Tem pessoas que conseguem cumprir a missão até o final, outras não. Mas penso que querer isso é legal, o conseguir, depende não somente de nós, mas de uma ajuda de Deus.
Não sei se conseguirei chegar até o final, mas só sei que não raras vezes vejo-me como um pássaro sem pena, sem bico, sem pernas e sem asas. O que é horrivel! Sem asas! Imagine só, um pássaro impossibilitado de voar, é triste, não é mesmo?
Mas com asas ou sem elas, voando ou não... chegarei... chegaremos, se Deus assim o permitir. Texto do dia 05/09/09 - O título é de um texto de Dom Helder Câmara.
Abraço. Lourdes Dias