quarta-feira, 9 de setembro de 2009

INFINITO SER... SER INFINITO...


Um dia um amigo meu me disse: “Tive um sonho duas vezes: sonhei que meu amigo, só não vou dizer nomes para preservar identidade, estava caindo num abismo segurando minha mão, gritava, peça que me amem.” Foi algo parecido com isso, pois não tenho mente fotográfica e por isso aumento ou diminuo algumas palavras, mas o significado é exatamente este.
Fui analisar esse sonho e cheguei à conclusão de que quem estava necessitando de ser amado e muito amado, era a pessoa que me falava e que somente ele refletiu no outro um sentimento puramente seu.
Interessante!
Fazemos isso todo tempo, a tal transferência de nossos sentimentos para o outro isso é perfeitamente normal, nosso inconsciente ou subconsciente nem sempre sabe definir onde começamos nós e terminamos outro.
Mas não é sobre isso que quero falar. Sobre o que não é consciente em nós.
Quero falar sobre o nosso UNIVERSO interior, nosso ser interior INFINITO, sobre o VAZIO interior.
UNIVERSO interior: simples assim, como tem uma coisa que chamamos de céu, que para nós representa o infinito, algo que nunca acabará, algo inatingível, é assim também dentro de nós.
Sempre pensei que o encontro comigo mesma seria, como encontrar qualquer coisa. Encontramos e pronto. Encontramos e acabou. Agora percebo que esse encontro acontece a cada dia, a cada segundo ou todo tempo. Talvez a palavra nem seja encontro. Como definiria isso? Pois encontro parece que tem um ponto de partida e um ponto de chegada, mas nesse caso tem um ponto de partida, a decisão em fazer essa viagem para dentro de nós, mas não tem fim. Viagem sem fim. Viagem à terra que não tem fim. Viagem à terra prometida e que nunca chegaremos nessa vida. Sei que lá na eternidade. A Palavra de Deus nos diz que na eternidade, no infinito, encontraremos Deus e lá seremos visto como o Senhor Deus nos vê, tal qual somos, então acredito que lá nos encontremos definitivamente. Por causa da Palavra de Deus que não mente NUNCA.
Mas esse abismo interior, infinito interior, vai ficando claro na medida em que vamos nos descobrindo. Achei a palavra certa, não ENCONTRO, mas DESCOBERTA.
Esse descobrimento a cada segundo de quem somos sempre nos dá a falsa idéia de que já sabemos quem somos, mas não é verdade.
Nunca saberemos como somos, porque somos seres MUTÁVEIS, ou seja, sofremos mudanças diárias ou a cada minuto. Mudamos de humor, mudamos de pensamento, mudamos em tudo. Nunca deixaremos de ser humanos, mudanças acontecem o tempo todo.
Esse mergulho no universo ou abismo interior. ABISMO nos dá idéia de algo que devemos temer. Bobagem. Não devemos temer nada, muito menos nos conhecer, entrar em nós, por mais escuro que pensemos ser, pois a cada passo caminho se faz e fica iluminado, Tem gente que chama isso de ILUMINAÇÃO. Outros de ADI: Abordagem direta ao inconsciente. Prefiro pensar nisso como uma viagem ao DESCONHECIDO para mim, não para Deus. Para Deus nada é desconhecido. Deus sabe tudo a nosso respeito.
Abismo para quem tem medo. Universo para quem é sonhador. Vazio para quem se sente assim.
Outro dia vi uma experiência com um copo. Não é mesmo que pensamos que um copo que não tem nada dentro, esta vazio? Isto é mentira. O copo nunca está vazio: existe AR dentro dele.
Assim acontece com nosso interior, nunca estaremos totalmente vazios. Quando sentimos o tal vazio interior. Apenas sensivelmente nós não nos sentimos, digamos assim, mas estamos ali, ou melhor, ALGUÉM está ali.
Tem gente que chama isso de FORÇA CÓSMICA, OUTROS CHAMAM DE VAZIO INTEIRIOR. Outros chamam de TRANSCENDENTE. Ser supremo. Eu prefiro chamar de Deus. Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Prefiro também chamar de Pai. Sei que esse vazio está cheio da Pessoa do Pai ou da Trindade.
FAÇAMOS O HOMEM NOSSA IMAGEM E SEMELHANÇA. Então FAÇAMOS, significa que não era somente UMA Pessoa que estava nos criando, mas várias. Mas gosto de pensar no Pai criador, já que estou vivendo essa experiência, mas sabendo que teologicamente falando, não seja correto, pois não somos criados somente imagem de nosso criador, mas das Três Pessoas, igualmente distintas. 1x1x1=l.
Mas quanto ao copo vazio? Aí está o falso sentimento de VAZIO interior que nos leva a depressão por não sentirmos NADA em nós, mas quando nos sentimos assim, Quem age em nós é justamente a Pessoa de Deus. Nesse vazio está Deus e Sua ação. Estamos cheios de Deus.
Interessante que não só penso assim, mas percebo isso com toda clareza.
Quando nada fala em mim. Não ouço nada. Não sinto nada, não penso nada. Ali está algo ou ALGUÉM agindo.
Isso quando percebo, não pelos sentidos palpáveis, talvez por um sexto sentido. Mas que é isso e assim é. Não minto em relação a essas coisas.
Mas como quem experimenta isso sou eu e não você, não poderei forçá-lo a acreditar ou entender. Essa experiência é muito pessoal e talvez você não consiga acreditar nisso. Tudo bem! A experiência é minha.
CONCLUSÃO:
Primeiro: NUNCA teremos um encontro conosco mesmo, aqui nesta vida. Na eternidade sim.
Segundo: nunca estamos vazios, como o copo está cheio de ar, e mesmo quando tiramos o ar ainda assim tem alguma coisa ali, segundo os cientistas. Então vazio é mentira. Mentira ou peripécias de nossa mente, ou sentidos.
Terceiro: Deus está em nós.
Descoberta do infinito ser, é uma longa viagem.
Quanto ao medo do abismo, garanto-lhe, vale a pena, não estamos sós.
Minha prima tinha medo que eu ficasse louca. Disse-me: não farei essa viagem dessa forma, por medo de não saber voltar. E se eu entrar nesse abismo, infinito, labirinto e não saber como voltar? Tal qual a estória do tal que entrou no labirinto e se perdeu?
E seu eu me perder nele? Se eu enlouquecer, seria a palavra correta.
Respondi: todos os meus cabelos estão contados e nenhuma folha da árvore cai sem que Deus Pai permita, e se enlouquecer nessa jornada, enlouquecerei, sabendo que empreendi essa viagem interessante querendo me encontrar, encontrar o outro e encontrar a Deus, e se assim o fiz com convicção e se tudo que é feito com convicção obteremos algum tipo de resposta, então... Mochila nas costas e vamos lá!
Ainda sou viajante e peregrina em direção à terra prometida. Chegarei lá no infinito céu. Mas se chegarei lá um dia? Sei que sim.
Abraço materno. Lourdes Dias.

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