sábado, 19 de setembro de 2009

CLERGYMAN: CADA UM SABE ONDE SEU CLERGYMAN APERTA.


Há muitos anos atrás fui viajar com um bispo daqui de minha cidade, e ele nos disse: Posso tirar meu clergyman? Isso aqui aperta e é muito desconfortável, principalmente para mim que sou encalorado.
Daí fui procurar ver sobre a OBRIGATORIEDADE do uso do clergyman. O uso dele não é obrigatório, para os sacerdotes comuns, digamos assim, lá diz que seria bom se os sacerdotes usassem, mas não são obrigados a usar não. E pensando nesse nosso bispo, coitado! Precisa ver como ele ficava sufocado e tinha que pedir licença para poder ficar um pouco mais à vontade, e ter que tirar aquilo que lhe incomodava.
Eu estive pensando que se eu fosse sacerdote e tivesse que usar o tal clergyman, com certeza desistiria do meu ministério, pois sou uma pessoa que não suporto nada apertando meu pescoço, e só de pensar em usar um, já começo a sufocar, então se para ser ministeriada teria que usar isso, então não seria. Estão percebendo o absurdo? Deixar de ser alguém que serve a Igreja e o ser humano por causa de um colarinho no pescoço?
Sempre discuti com meus sacerdotes sobre a obrigatoriedade de usar o clergyman, pois dizia a eles: como vamos reconhecê-los no meio do povo, se vocês não usam nada que os identifiquem e os diferenciem dos demais?
Um sacerdote salesiano me disse que Dom Bosco foi um dos que mais lutou para que acabasse o uso de batinas e outras coisas pelos sacerdotes, e ele seguia os passos de seu pai espiritual.
Penso que deveríamos deixar essas questões menores e muito menores, de lado, pois também sei que enquanto discutimos bobagens, tem muitas almas se perdendo por falta de pastores e de um povo que dê testemunho de vida em santidade.
E cada sacerdote sabe onde seu clergyman aperta e se deve usá-lo ou não para se identificar, afinal, se ele consegue se fazer ser respeitado como sacerdote usando ou não o colarinho, usando ou não batina... Se ele é santo independente desses acessórios, então quem somos nós para querer impor nossas tradições, que como disse a cada dia vão tornando-se menos importante, devido ao número de almas que estão se perdendo e não por causa do sacerdote estar usando esse ou aquele paramento, mas por não ser santo. E somente isso. O resto é resto.
E lembre-se: que tal usar um clergyman por alguns dias para saber onde e como ele aperta? E nunca devemos julgar nada e nem ninguém pois cada um sabe onde seu clergyman aperta, né não? Rsrsrs.
Bênçãos. Lourdes.

Um comentário:

  1. Olá.
    Gostaria apenas de fazer uma correção, se me permite. O uso de distintivo clerical (batina ou clergyman) é obrigatório, segundo o direito canônico, que rege as leis da Igreja. Esse direito, que impõe um dever ao sacerdote, é para que o fiel tenha, por sua vez, o direito de reconhecer um sacerdote. afinal de contas, nunca se sabe quando se precisará de um padre por perto. Além de ser obrigação canônica, faz parte da tradição da Igreja. Quanto à informação que deu sobre São João Bosco sobre ser contra distintivo clerical, acho muito estranho. Nunca li isso em suas biografias. Muito pelo contrário. Um santo como ele sempre foi muito obediente e fiel à Igreja. Esse distintivo tem um sinal muito forte. Precisamos transcender o mistério que está por trás de um pedaço de pano. Aliás, devemos fazer isso com tudo o que nos toca como cristãos. É evidente que não nos cabe julgar um padre pelo fato de usar ou não batina ou camisa clerical. Afinal, como dizem, o hábito não faz o monge, mas, por outro lado, principalmente nos dias de hoje, faz certa diferença usar ou não. A vida prática nos mostra isso. Quando ao desconforto, afirmo que se acostuma mais rápido do que possa parecer. Além do mais, uma pequeno sacrifício não faz mal à ninguém. Obrigado por sua colocação, assim pude explicar e desfazer certos mitos, o principal deles de que não é obrigatório o distintivo. Um padre que deseja ser fiel nos pequenos detalhes, usa batina ou camisa clerical, segundo ensina a Igreja.
    Abraço,
    Deus te abençoe.

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