quinta-feira, 8 de outubro de 2009
SUBJETIVIDADE SEQUESTRADA
Li esse livro do Pe. Fabio de Melo, aliás, sou fã number one dele, acho-o totalmente demais, uma inteligência raríssima. Alguém belo por fora e por dentro. Alguém especial de verdade.
Achei esse livro de difícil entendimento. Consegui captar somente algumas mensagens, só porque alguma delas eu já tinha em mente e daí ficou mais fácil o entendimento.
Um exemplo de quando ele fala sobre, nós mulheres, quando as pessoas não somente nos violentam fisicamente, mas nos violentam psiquicamente. Como assim? Quando não deixam que sejamos quem somos. Quando tiram de nós o direito de falar, de expressar nossos sentimentos e pensamentos. Quando nos mandam calar a boca, quando sabemos que temos razão. Quando nos desautorizam de alguma forma. Resumidamente: quando nos anulam. Isso de nos anular é o pior seqüestro que qualquer ser humano pode viver. O ato de viver anulado, é viver como se não vivêssemos é existir como se não existíssemos, penso assim, é como se a gente fosse um ser invisível. Essa é uma experiência muito dolorosa, ou uma das mais dolorosas: quando as pessoas nos tratam como se nós não existíssemos. Quando não nos dão o devido valor, experimentar isso é horrível e muito doloroso. Penso eu.
Lá fala que quando alguém nos anula, normalmente pensamos amar essa pessoa, confundimos o sentimento de medo pela total insegurança que sentimos ao lado dela, em nós, essa insegurança tem a falsa aparência de amor. É medo, é insegurança e só isso.
Dizem que pessoas seqüestradas sempre tem um sentimento de apego a seu seqüestrador, por pensar que dando carinho a ele, poderá ser beneficiada com a vida. Se formos amorosos talvez ele nos poupe a vida, as vítimas de seqüestro pensam assim. Interessante isso! Esquisito essa forma de sobrevivência, mas existe sim, em todo tipo de seqüestro poderemos desenvolver esse sentimento de incapacidade de viver sem a pessoa e até justificar os atos dela.
Por isso é que tem mulheres que apanham do marido e não os deixam. Pensam que amam, mas é somente este medo que invade seu ser. Medo da morte, medo de não sobreviver sem a violência, ou o ser violento. Como somos complexos e esquisitos, mas é assim.
Na verdade se o Pe. Fábio nos ensinou como sobreviver a tudo isso, não sei. Dê uma lidinha no livro dele: Seqüestro da subjetividade, quem me roubou de mim, e depois me fale sobre isso.
A parte do como ser curada desse sentimento de vítima eu perdi, de verdade não sei como fazer para resolver esse tipo de problema.
Ele fala que é comum em pessoas vítimas de seqüestro confundirem os sentimentos e não saberem mais quem são os que estão tentando salvá-las, dos que estão tentando seqüestrá-las.
Interessante!
Abraço. Lourdes.
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