segunda-feira, 12 de outubro de 2009

A MAÇONARIA E EU


Tinha um casal amigo meu que era maçom. Pessoas fantásticas, divinas, maravilhosas, gente boa mesmo eles eram, agora já falecidos, morreram em acidente automobilístico. Mas eram pessoas muito próximas de nós. Como lutamos sempre com muitas dificuldades para sobrevivermos, esse amigo maçom, convidou o Alfredo para fazer parte de sua loja maçônica. Como para você fazer parte da maçonaria você tem que ter o aval de sua esposa, o Alfredo veio me pedir para deixá-lo fazer parte. Qual foi minha resposta? Vocês já imaginam né mesmo?
Falei para o Alfredo que a maçonaria poderia ser uma coisa boa e que nunca vi realmente maçons em situação financeira ruim. Eles sempre têm uma vida, se não riquíssima, mas financeiramente equilibrada, que eu agradecia muito o convite, mas minha resposta era não, pois a maçonaria vai totalmente contra minhas convicções.
Alfredo ficou mal, por passarmos por crises financeiras horríveis e a tentação era muito grande, mas respeitou minha decisão, mesmo que não quisesse, mas a partir do momento que éramos casados, sem minha assinatura ele não poderia fazer parte da irmandade.
Por que você não quis? Simples...
Penso assim, quando uma coisa é muito boa para o ser humano, ela não deve ser mantida em segredo. Só por isso. Como é que você descobre uma coisa maravilhosa, que faz de você uma pessoa iluminada e diz que mais próxima de Deus, e se recusa a partilhar com seus irmãos? A partir do momento que uma coisa é considerada um grande bem, mas fica reservada a alguns, isso significa: poder retido. Retido somente para poucos, e isso é errado. O poder deve ser dado a todos. A vida digna deve ser compartilhada a todos e não somente com alguns, talvez pelo fato de pensarmos que somos somente nós os iluminados e que isso é reservado somente para alguns, grande egoísmo isso. O bem deve ser mantido em total transparência e não com discrição ou secretamente. Penso que estou sendo muito clara em relação a isso.
Amava muito esses meus amigos maçons, e nem me importava por seguirem essa irmandade, pois cada um segue de acordo com suas convicções e nunca deixei de amá-los ou respeitá-los por conta disso e vice-versa, nós nos amávamos e ponto final. Mas o seguir a loja deles, isso estava fora de minha convicção. Somente algumas coisas eu sabia sobre a maçonaria: que eles se comunicam através de sinais ou símbolos. Que a família é algo importante. E não muito mais que isso. Pregam a igualdade e a fraternidade, embora queiram reter o poder somente em suas mãos. Coisas assim. Pequenas e grandes coisas que todos deveríamos ter acesso. O acesso ao bem e ao poder deve ser para todos. Quer conhecer uma pessoa? Dá-lhe poder e verá se ele é bom ou não.
Penso que tudo o que foge daquilo que estamos convictos de estarmos certos, não deveríamos praticar. Penso eu...
Abraço. Lourdes.

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