quarta-feira, 14 de outubro de 2009
QUANDO DIZER BASTA
Ouvi um depoimento de uma mãe há muitos anos atrás. Dizia que era divorciada, divorciou-se por incompatibilidade de gênio, ou seja, seu gênio não combinou de jeito nenhum com o do ex-marido, daí não tiveram como conviver, pois a convivência tornou-se um inferno para ambos. Impossível mesmo!
Mas ela deparou-se com um novo inferno, não conseguiu conviver com o gênio ou temperamento do marido, teria que conviver com o do filho que era do mesmo temperamento que o marido. E daí? Como ela resolveu isso. Muito simples... Esperou que o filho adquire-se certa idade e disse a ele: Ou você obedece às regras daqui de casa, tipo: não usar drogas, de nenhuma espécie. Ou você aprende a me respeitar como mãe, e não fazer como seu pai fez comigo, ou então, sinto muito, mas não quero você morando comigo. Nessa época o filho ainda era muito jovem, talvez uns 20 anos, penso eu. Mas como o filho não quis obedecer às regras da casa e não quis saber de tentar pelo menos respeitar a mãe, pelo simples fato dela ser isso: sua mãe... Então o melhor foi ele ir morar fora de casa. Inicialmente ele foi morar com parentes, depois com o pai ou próximo dele e daí conseguiu viver sozinho. Somente depois de muitos anos, talvez uns 10 anos, depois de muito sofrimento para ambos, mãe e filho, somente depois disso, é que ele amadureceu e viu que deveria respeitar sua mãe e ajudá-la inclusive com os outros irmãos. Viu que sua mãe tinha razão em relação ao uso de drogas, que isso realmente era um grande mal. Daí sim, não voltou mais para casa, pois aprendeu a se virar sozinho, tornou-se um bom homem, amadureceu e hoje está um filho maravilhoso, mas isso depois de muito sofrimento e lágrimas. Essa mãe chorou muito por ter que tomar essa decisão difícil, por achar-se na obrigação de ter que aturar a falta de respeito do filho para com ela. Ele realmente era bem grosso e mal educado mesmo, mas a vida o lapidou. Aquilo que a mãe não conseguiu, o sofrimento e a vida o ensinou.
Interessante como essa história da vida real teve um final feliz. Nunca pensei que filhos longe dos pais pudessem ser felizes e se acertarem; amadurecerem e tornarem-se pessoas melhores que quando estão conosco. Mas nesse caso foi bem assim que aconteceu. Interessante! A males que vem prá bem.
Não se iludam tal pai... Tal filho.
Portanto pensem bem antes de terem filhos, vejam se seus parceiros não têm temperamento ou algo neles que você não suporte, pois talvez tenha que vir a suportar isso em seus filhos. Pense bem!
Abraço.
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Interessante,mas digamos que um filho com todo esse histórico + fraqueza de carácter + mundo que não perdoa = mãe sem coragem de por pai + filho fora de sua vida, pois se sente responsável pelo pouco equilíbrio na vida dos dois. Matemática com dois resultados?
ResponderExcluirTem que ter muita coragem nesta hora, o que sentimos por um filho é diferente do que sentimos por um marido. A imagem de um filho drogado nos acovarda para certas decisões. Ficamos como que cegos e não conseguimos chegar a tomar atitudes duras, mas ás vezes necessárias. Penso que qual for a decisão, o bom é contar com a misericórdia de Deus .Abraço
ResponderExcluirSegundo Fradão que cuida de dependentes químicos: TODA FAMÍLIA ADOECE COM O DEPENDENTE. Então TODOS DEVEM SE CUIDAR, ou DEVEMOS NOS CUIDAR PSIQUICAMENTE, fazer terapia de oração ou psicológica é muito bom, nestes casos. Depois de curadas, daí cuidaremos dos nossos, entende? Depois deixá-los cair no fundo do poço é bom também, mas SOZINHOS. Difícil, porém NECESSÁRIO. Abraço. Lourdes Dias. Obrigada pele visita Maria.
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