quinta-feira, 8 de outubro de 2009
MIM? ÍNDIO.
Sempre questionei o porquê do índio ao invés de falar “eu”, ao falar de si mesmo, ele fala “mim”, você já reparou nisso? Ou só eu me preocupo com essas bobagens.
Mas daí lendo o Mead, lá ele explica bem a diferença entre mim e eu, confesso a vocês que fico confusa em relação a essas coisas, já que aprendo tudo muito superficialmente e sozinha, não tenho nenhum professor me orientando, daí devo cometer erros absurdos, mas tudo bem. Qualquer coisa corrija-me, estarei sempre pronta a aprender.
Mas se MIM significa pensamento relacionado à comunidade, inconsciente coletivo, e se o índio vive a vida em comunidade de uma maneira mais profunda que nós, será... Preste atenção: será... que o índio não tem o tal conhecimento do eu ou não se preocupa em conhecer-se como indivíduo? Será que sua consciência é coletiva e não pessoal? Se é que é esse o termo. Acredito que essa tese deva ter algum fundamento, nem sei se alguém já questionou isso. Fico pensando, já que temos muito que aprender com nossos índios, nós caras pálidas temos muito que aprender com os caras vermelhas, assim eu aprendi nos filmes de faroeste. Os índios falavam assim: Mim: cara vermelha, você: cara pálida. Pois é... Será que esse tipo de comunidade onde somente o mim existe e não o eu, não faria de nós pessoas melhores? Eu não sei, apesar de ser bisneta de índia, não convivi com minha bisavó, então não sei nada sobre índios, nem sei se sua sociedade é tida como a mais correta. Sei que aprendemos com eles a nos amar como um todo. Eles respeitam a natureza, o cosmo, o ser humano. Sempre que nos dizem: vocês parecem índios, deveríamos ter sempre em mente, que isso é maravilhoso, pois que seres humanos maravilhosos são eles.
Não sei se existe sociedade ideal, mas parece-me que se a sociedade indígena não é a ideal, mas é a mais humana que conhecemos tipo os três mosqueteiros: “UM POR TODOS E TODOS POR UM!”.
Como tudo volta às origens e a originalidade, quem sabe trocaremos o “eu” pelo “mim”, como os índios fazem.
Não sei se o fato de querermos saber muito sobre o nosso “eu”, faz de nós pessoas mais egoístas e menos preocupadas com o “nós”, sei que temos esse modelo de sociedade, e sei que a sociedade indígena é bem diferente da nossa. Não sei se o fato de separarmos ou termos a consciência da diferença entre o “eu” do “mim”, faz ou fez de nós pessoas melhores, sei lá...
Nem sei por que essas coisas me interessam, mas gosto de pensar sobre isso.
Você pensa nisso às vezes?
Abraço. Lourdes.
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