segunda-feira, 17 de agosto de 2009

COMPLEXO DE INFERIORIDADE.


O filme, TIO NOEL, nos fala sobre crianças que cresceram à sombra de irmãos que sempre tiveram sucesso em suas vidas.
Filhos que foram comparados uns com os outros a vida toda. Pais que como eu, ou nós, comparamos a maneira de agir de um e de outro filho, desrespeitando o jeito de ser de cada um.
Por que agimos assim? Talvez tenham feito isso conosco também.
No filme nos foram colocadas pessoas ou crianças bem sucedidas como sendo árvores frondosas, enormes, expostas ao sol, portanto bem cuidadas e felizes. E o oposto disso, pessoas criadas à sombra dessa árvore frondosa e que receberam poucos raios ou luz do sol, e por isso cresceram fracos, raquíticos e até arbustos retorcidos por causa disso. Então o que ficou claro para mim é que esses pequenos arbustos ficaram com complexo de inferioridade, ciumentos e invejosos do sucesso do outro.
O negativo de tudo isso é que por trazerem em si esses sentimentos destrutivos, essas pessoas complexadas tentam de algum modo cortar a árvore grande e assim destruí-la, na intenção de poderem receber a luz que lhe fora negada a vida toda, portando tornaram-se pessoas ou crianças tidas como más, mas na verdade, elas só querem chamar a atenção sobre si mesmas, nem que seja de uma forma negativa.
Qual lição podemos tirar de tudo isto?
Na verdade, ninguém é mau porque quer, cada um de nós tem suas razões para ser assim.
Nunca devemos ser, por termos muitos talentos, árvores que sufocam ou impedem a luz do sol de brilhar para as pessoas, pois o sol nasceu para todos, né mesmo? Ao contrário, se somos frondosos, grandiosos diante de Deus Pai, devemos ser árvores que abrigam os seres considerados indefeso, na palavra de Deus: ¨devemos abrigar muitos pássaros em nós e sermos sombra onde os cansados e abatidos possam descansar sob nós, e nossas asas ou sobre nossas copas¨, já que estamos falando em árvores.
Se nos sentimos menores, os tais arbustos retorcidos, nunca devemos querer cortar ou podar a árvore frondosa ou destruí-la para podermos ter nosso lugar ao sol, cada um é o que é, e como é. Aceitarmos nossa condição de pequenos arbustos ou relvas, também é ser maduro e isso é bom. Cada um como Deus Pai o fez. O ciúme e a inveja somente nos destroem.
Deixarmos de nos comparar com os outros o tempo todo e deixarmos de comparar as pessoas entre si, é um bom começo ou passo para a maturidade. Impossível, diria eu, para mim, mas possível para Deus. A cura de nossos complexos de inferioridade é longa e talvez dure a vida inteira, mas lutar para que isso aconteça é bom e nos faz muito bem.
Esse tipo de comportamento é próprio de toda família, portanto não devemos achar que isso acontece só conosco e em nossas casas, esse sentimento é humano, portanto só nos resta lutarmos a cada dia para que ele não cresça de uma forma desmedida, pois tudo na medida certa é bom, o desequilíbrio ou a desarmonia é que devem ser combatidos. O importante é termos um olhar inteligente sobre nós mesmos e sabermos que tipo de árvore nós somos.
Muitas vezes e dependendo da situação e com referência a quem me comparo, sou uma árvore frondosa. E um pequeno arbusto em relação a outros, o lidar com isso é que não é fácil. Afinal ninguém é a árvore mais frondosa, pois sempre existirão árvores maiores que nós e sempre existirão relvas. Nem sempre seremos grandes árvores ou pequenos arbustos, esses sentimentos variarão de acordo com as situações ou pessoas com quem nós nos deparamos. Comparados ao Senhor, seremos sempre frágeis e necessitados Dele, concordam?
Te amo Jesus. De sua Lourdes Dias.

2 comentários:

  1. Tia, que blog bacana!
    Você escreve muito bem e é um privilégio nosso ter você dividindo os seus pensamentos com o mundo!
    Estou com saudades! Beijos, te amo.
    Marina

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  2. Obrigadaaaaaaaa! Beijos, também te amo.

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