LOUVOR EM BOCA PRÓPRIA...

Minha mãe sempre diz: “Louvor em boca própria é um mau sesto, bem se sabe, mas se eu não me gabar eu não acho quem me gabe!” Mau sesto ou cesto, não sei bem qual o português correto, e nem o google. Rsrsrs... Aqui significa: mau sesto=defeito.
Ela sempre ria muito quando tinha que falar de algumas de suas qualidades, pois aprendeu de meu avô, se não me engano, que a gente elogiar a si mesmo é uma coisa muito feia e que se fazemos isso é porque ninguém reconhece nossas qualidades, então nós as reconhecemos.
Adoro essas coisas do povo da roça! É uma maneira leve de nos corrigir.
Quero falar das coisas que escrevo. Nunca pensei que talvez em alguns de meus escritos eu tenha me colocado acima do que realmente sou. Aprendi que quando temos uma imagem real e normal de quem somos, e como somos não tem porque nem aumentar nossa imagem e nem diminuí-la, tamanho natural é o suficiente.
Quero pedir mil desculpas se em algum escrito pareceu a você que estou me gabando, como diria minha mãe, mas aqui somente coloco algumas das experiências que vivo somente e nada mais que isso.
Penso que como eu devam ter milhares, milhões, bilhões ou sei lá quantos lhões... com qualidades e defeitos, como os meus, mas isso não vem ao caso. Minha intenção é somente ter a coragem de me expor, mais ou menos como sou, pois nem tudo deve ser dito, embora possa como diz a Palavra: “Tudo posso, mas nem tudo me convém!”.
Às vezes penso que em alguns escritos fui meio inconveniente, daí até deletar algumas frases, ou até o escrito todo.
De qualquer forma, se me gabei de alguma coisa, vocês já sabem: “Se eu não me gabar, eu não acho quem me gabe!” Rsrsrsrs...
Provérbio popular do povo da roça, penso eu.
Abraço. Lourdes Dias.