COISAS SEM O MENOR SENTIDO

Pra mim... Não sei se pra você.
Verso do anverso... Versos...
Submersa em mim. Quanto mais profunda mais rasa.
Quanta mais funda mais superficial.
Mergulhada no mergulho existencial de mim mesma.
Nadando na superfície do eu do outro.
Pessoas como eu tão profundas e tão superficiais.
Grande valorização do si mesma e pouca valorização do si do outro.
Mim mesma... Sim do outro.
Mi e Si bemol. Notas musicais as quais toco, mas o tocar em si e em mim, dá trabalho e muito.
O toque do tocante na tocante matematicamente falando. Mas estou falando do que, ou de que, ou melhor, de quem?
Palavras soltas, rotas, soltas e rotas palavras.
Fugas de idéias. Idéias fugidias. Ideais fugitivos. Fugir fugindo, mas pra onde?
Beco sem saída... isso é a vida.
Se correr? O bicho pega. Se ficar? O bicho come. Assim diz a lenda.
Então o correr pra que e pra onde? Lugar nenhum, algum.
Nem pra fora e nem pra dentro de mim ou de nós.
Se vamos ser pegos ou comidos? Pra que correr então?
Melhor esperar à beira do caminho.
Esperar esperando que o tal venha, ou quem sabe ele nem venha, né mesmo?
Quem? O tal bicho do qual temos tanto medo.
Corremos... Corremos... De medo dele.
O bicho somos nós ou o outro?
A vida é esse bicho pra mim. O tal bicho de 777777777... Cabeças.
Se fossem sete cabeças, seria mais fácil de vivê-la, mas são inúmeras.
Inúmeras cabeças pra serem entendidas. Daí entendê-las como?
Cada cabeça uma sentença. Cada cabeça um pensamento... Sentimento.
Tentar entender-me ou entender o ser humano é coisa de endoidecer.
Coisa de doidos... Coisa de nós, doidos.
Quem disse que podemos nos entender?
Jamais. Podemos ficar nesta busca frenética ao entendimento de nós... mas
Chegar lá? Quem sabe?
Alguém já chegou lá?
Lá... Onde a lua nasce e o sol se esconde?
Se já! Cadê o caminho?
O Caminho é Jesus. J ESUS? Cadê o caminho?
Mostra Sua Face esplendorosa. Mostra.
Setas indicativas temosss... Caminhar? Caminhamos.
Chegar? Talvez nunca, pelo menos não nesta vida.
Somos caminheiros, caminhantes, andantes, errantes... Nos prados e campinas verdejantes.
Andar pelos campos... Campestres... Pestes? Que nada!
Somente isso: perdidos ou achados. Achados e perdidos.
Quando penso achar, mais perdida me encontro.
Mas achar quem ou o que? A vida oras, bolas.
Bolas... Oras. Orante... Orar... Orando.
Gostoso escrever bobeiras... Bobagens... Quem sabe rirei de tudo isso? Ou não.
Que importa. A vida tem dessas coisas... Como diz sempre minha santa mãe.
A vida tem dessas coisas.
Coisas que eu sei e que talvez pense que sei, mas não.
Abraço materno, porque senão esse negócio não terá um fim.
Daí será sim o tal bicho de 777777... Ou as sete mil léguas submarinas. Pois mergulhar no oceano de nós, faz isso e assim com a gente.
Entende?
Coisa de doido. Rsrsrs...
Coisas de insanos sarados. Somos os insanos mais sarados que conheço.
Vem comigo? Ou não?
Dizem que todo ser muito sensível, vê a vida e as coisas assim, meio que de cabeça pra baixo. É bom deixar o pensamento fluir livremente, vez em quando. Higieniza nossa cabeça que cisma em querer colocar tudo na mais perfeita ordem. Ordenar sempre as coisas para que? A bagunça e o caos também são interessantes de serem vistos, lidos e vividos. Faz parte de meu ser. Faz parte de nosso ser. Vale a experiência.
Lourdes.