terça-feira, 29 de junho de 2010

DESERTO


O deserto e suas tentações.
Quando Jesus decidiu-se por ficar um tempo a sós consigo mesmo e com o Pai, o que aconteceu a ele?
Não sei quanto tempo nós simples mortais atuais, modernos, o homem de hoje, conseguimos ficar sem comer e sem beber, acreditando que Jesus tenha ficado muitos dias, representados por 40, já que este tempo é um tempo simbólico para os Judeus. Representa os 40 anos do povo Judeu no deserto. Então pode ser um número representativo de dias ou Jesus pode ter ficado todo este tempo lá.
Mas de qualquer forma... Eu não consigo ficar 40 minutos sem comer ou beber alguma coisa. Sempre busco algo para beliscar. Qualquer coisa. Imaginem, eu 40 dias? Ficaria maluquinha.
Penso que após um grande tempo sem nos alimentar, ficamos magros feitos um palito. Pele e osso, tipo faquir. A falta de água e comida, se é que ele ficou literalmente em greve de fome, deve deixar nossa cabeça muito revirada. As tais tentações, são somente as nossas necessidades fisiológicas pedindo para serem supridas, sentimentos naturais e normais. Mas o que quero sublinhar em tudo isto, é que nós também precisamos de um bom tempo conosco mesmo. Quanto tempo você tira por dia, para colocar sua cabeça e pensamentos em ordem? Ver o que realmente é importante para você, enquanto ser humano. Onde você está ferido ou caminhando por caminhos errados. Jesus, sendo Deus e homem, fez isto literalmente. Por quê? Para nos ensinar que este anseio da alma em ficar em COMPLETA SOLIDÃO, é algo positivo.
Penso que embora a vida em comunidade seja algo saudável, o estar constantemente com os outros, nos faz vestirmos muitas máscaras, até no sentido de sermos agradáveis aos outros, e quando é que tiraremos nossas máscaras?
Tem pessoas que nem sabem que as tem, ou as usam. Tem pessoas que acreditam que são como são e pronto. Nada de procurar pelos em ovos, ou chifre na cabeça de cavalo (ditados populares para quem não quer buscar a autenticidade). Podem ser somente desculpas para continuarem vivendo da forma que vivem, sem se preocuparem em mudar nada.
Mudanças são importantes. As tais tentações naturais de Jesus tipo: fome. Quem não teria, depois de tantos dias sem se alimentar?
Desejo de colocar seus poderes à prova, tipo: jogar-se de um penhasco para testar o quanto o mundo espiritual ou sobrenatural estaria a seu dispor, quando precisasse realmente disto. Ou se realmente o mundo espiritual, o dos anjos, O ajudariam realmente: dúvidas de fé. Mas quem não teria isto estando por tanto tempo a sós?
O querer ter o controle sobre tudo e todos principalmente sobre os bens e riquezas? Ter o controle das pessoas e do mundo? Você acredita que não têm este tipo de sonhos ou desejos? E que isto seja algo não natural?
Que resposta você daria a todos estes questionamentos?
Eu diria um “SIM” redondo a tudo isto. Sentiria isto desta forma e tão intensamente quanto o Amado Jesus. Somos gente, gentemmmmm....
Mas Jesus não teve medo de se enfrentar. De se confrontar. E só deixou muito claro quais são nossos sentimentos e pensamentos em relação ao poder. Quer conhecer alguém, dá-lhe poderes. Poder sobre os outros e sobre as coisas. E se ele se parecer com Jesus usará isto para o bem. Se não? Usará bem mal. Ficar às sós é bom e só faz bem.
Experimente! Nada de medo! Coragem, Eu venci o mundo INTERIOR E EXTERIOR: diz Jesus. Forte abraço: Lourdes Dias.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

FALE DAS COISAS DO SENHOR, OPORTUNA OU INOPORTUNAMENTE.


Penso que nós gastamos muito do nosso tempo em discussões que não nos levarão a lugar nenhum.
Discussões: sinônimo de tempo perdido.
Tem determinadas pessoas que estão tão conscientes de que estão e são as certas, que para estas pessoas o Senhor diz: “Se você não quiser me seguir? Fique!”. Jesus nunca nos obrigou e nem nos obriga a nada. O seguimento à Jesus dever ser opcional e muito livre.
Quando tomamos decisões erradas e não queremos seguir Jesus por causa de certas feridas e bloqueios, Ele sempre dá um jeito de colocar as pessoas certas em nosso caminho, para que sejamos curados.
Mas se Jesus percebe que você é fruto de uma tradição, e que se tentar mudar suas idéias e pensamentos vai levar você à morte? Ele somente lapida e apara algumas arestas.
Exemplo: Se você não for cristão, mas viver de acordo com suas convicções, e se for alguém voltado para o bem, você se salvará. Você será julgado por suas convicções. Isto é bíblico também.
Não nos salvaremos por nossos dons, pois como já escrevi anteriormente, os dons são somente para serem usados para o outro. Se usamos mal? Paciência. Mas eles foram feitos para o bem. Temos que ser os melhores... Melhores para o outro.
Esta coisa de competição existe porque nascemos de uma competição. Não é verdade que vários espermatozóides correram... correram... e somente um ou alguns deram frutos? E os outros competidores? Morreram.
Pois é... Competir faz parte de nossas origens mais remotas. Mas o competir para sermos melhores em fazer o bem para os outros, isto sim, é uma competição santa.
Melhor para e não que os outros... Assim nos dizia Pe. Léo.
Este fale das coisas do Senhor? Entenda: escreva sobre as coisas do Senhor, medite, interprete, transmita. Transmita como souber e como quiser, as pessoas querendo isto ou não. Não se intimide! O nos deixarmos intimidar é que faz de nós pessoas frágeis. Nossa maneira de transmitir muito timidamente as coisas do Pai é que dá oportunidade a muitas dúvidas.
Penso que transmitir o bem, e o “BEM” supremo, faz de nós criaturas melhores. Melhores conosco mesmo, com os outros... e por aí vai. Transmitiremos as mensagens do Evangelho, de Jesus que nos leva ao Pai. O aceitar isto ou não? É outra história. Pois sempre quem dá o primeiro passo em nossa direção e em direção ao irmão é Deus. Então esquentar nossa cabeça, prá que? Colocamos as mensagens do Senhor. E o seguimento ou não? Não é problema nosso. Nada de ficar esperando a tal semente do Reino crescer, nãooo.... Deixe que naturalmente isto aconteça. Preocupe-se não. Forte abraço materno, fraterno, terno. Lourdes Dias.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

CABEÇA CHEIINHA DE MINHOCAS...


Meus pais diziam que quando nossa cabeça estava cheia de pensamentos e questionamentos, estávamos com a cabeça cheia de minhocas. Interessante essa visão sobre nosso cérebro e pensamentos.
Estava pensando dentre muitas coisas, sobre se nascemos cópias, réplicas ou originais. Um dia me surpreendi com uma notícia sobre a impressão digital de um bebe, ele trazia as mesmas impressões digitais de seu pai. Como é que uma notícia dessas não teve nenhuma repercussão na mídia. FILHO COM AS MESMAS DIGITAIS DO PAI. Já que dizemos que somos originais e únicos a partir de nossas digitais como explicar tal fato? Então erramos, pois nossa originalidade não está em nossas digitais. Aí não está nossa identidade não. Dizem que pela retina, também podemos discernir nossa identidade, por não existirem duas iguais.
Mas tem um cara que não sei o nome, ou não me lembro agora, que diz que nascemos réplica, ou melhor, que os seres humanos em sua origem não nasceram únicos, mas réplica da matriz, digamos assim. Interessante isto!
Será verdade?
Será que erramos quando queremos ser únicos e originais e não ter nadica do outro. E se na realidade existir alguém igualzinho a nós, não somente fisicamente, mas no todo?
Pode ser possível, se alguma réplica ficou para trás. Rsrrs... Saber isto? Somente saberemos quando acontecer.
Nunca tinha lido isto em nenhum lugar, o homem que defende esta tese é o criador da MEMÉTICA, e do MEME, não sabia da existência desta idéia ou linha de pensamento. Interessantíssima!!
Pela lei da atração pelos iguais, que sei acontecer muito frequentemente por experiência própria, vou procurar encontrar alguém que seja totalmente igual a mim. Minha réplica. Rsrsrs... Se existir vou mostrá-la para vocês, ao vivo e a cores.
Quem disse que somos únicos e originais? Isto é bíblico? Será que nós seres humanos em nossa pouca sabedoria, dissemos isto? E é somente uma mentira que dita muitas vezes, nós acreditamos? Aliás... li que uma mentira dita muitas vezes e por várias gerações pode parecer com a verdade, mesmo não sendo.
Vejo que a maior luta minha, SIMPLES DONA DE CASA, e da maioria dos seres humanos, é a busca de sermos como fomos feitos originalmente, e pensamos erradamente, conforme esse criador da memética, que acredita que não existam seres originais a não ser nossa MATRIZ. Esta sim deveria ser única e original. Então estamos caminhando para nossas origens de forma errada. Buscarmos sermos seres irrepetíveis , é um erro e nunca chegaremos a lugar nenhum, ou a um consenso. Então quando vemos pessoas sósias umas das outras, não devemos nos assustar, pois réplicas podem existir sim.
Penso que talvez as diferenças, venham de crermos que quando somos gerados, existam espermatozóides diferentes e daí dentre eles, nenhum venha a se repetir, daí toda nossa diferença. E se existir um igualzinho? Podem acontecer réplicas sim, neste caso, sei lá. Sou leiga neste assunto e bobagens devem ser ditas também, às vezes, quando não se tem algo melhor para se fazer. Adorei pensar nisto, ter alguém que é minha réplica.
Beeemmm... Uma Lourdes já é osso duro de roer... Já pensou em duas? Ninguém “guenta”, como diriam meus filhos. Rsrsrs...
Pense nisso... Abraço. Lourdes Dias.

SCHOPENHAUER e minha decepção...


Como fiquei decepcionada quando vi ontem sobre alguns dos pensamentos de Schopenhauer sobre o amor.
Para ele o amor é somente uma forma de buscarmos o outro para procriarmos. A tal propagação da espécie humana. Puxaaaaaa!!! Que coisa horrível de se imaginar: fazer sexo só por causa disso. E nossa sensibilidade? E nossa afetividade? Não conta? Falar de sexo desta forma simplista parece-me simples demais e não concordo com ele não.
Se isto fosse verdade, muitos relacionamentos acabaríam depois dos filhos. Mas existem relacionamentos muito duradouros, com filhos ou sem eles. Dizer que vivemos tão somente pela perpetuação da espécie, sem levar em conta que somos seres sensíveis e afetivos, não me parece lá ser algo muito inteligente.
O dizer que o casamento ou matrimônio não trás felicidade, acho radicalizar demais as coisas. Existem casamentos (acasalamentos) e matrimônios (sacramento) felizes. Casais realizados, embora confesse, que pouquíssimos, coisa muito rara hoje em dia, mas que existem ... existem...
Esta coisa de dizer que nosso pensamento é que é o correto, sem deixarmos brechas para questionamentos e dúvidas à respeito, seja lá do que for, é fecharmos hermeticamente nossa cabeça para o novo. Como cantava Elis Regina: o novo sempre vem.
A novidade é própria do ser humano, penso eu. A busca pela novidade e pelo novo é algo nato. Pelo menos eu busco sempre algo novo, a cada dia, mesmo nas pequeninas coisas.
Beemmm... se amor é somente o encontro sexual entre duas pessoas, as coisas ficam sempre muito superficiais, pois simplesmente faríamos sexo com a primeira pessoa que encontrássemos e nos atraísse, sem a menor preocupação com o compromisso. Penso que isto é o caos. No meu modo de ver. Posso estar errada, afinal não pretendo fechar-me em meus próprios conceitos ou pensamentos.
Esta coisa de ligarmos o amor somente à procriação, é coisa muito pobre. Empobrece e muito o ser humano.
A riqueza está em vivermos o amor no todo. Vivermos o amor por inteiro: sexualmente enquanto pudermos viver isto fisicamente ou biologicamente falando. E vivermos o amor sensível, vivermos nossos afetos bem em ordem, mas vivê-lo, sim. Isto sim para mim seria o “must”.
Conseguir isto é possível? Talvez sim. Tentar devemos e podemos.
Forte abraço fraterno. Lourdes Dias.

TENDÊNCIA A VOLTAR ÀS ORIGENS...


Vendo Lya Luft, fiquei impressionada como temos pessoas que pensam muito igual a nós, daí toda fama e sucesso que as mesmas fazem. Muitas vezes pensamos coisas, mas não sabemos como expressá-las, daí quando alguém expressa de uma forma clara tudo isto que sentimos e pensamos, ficamos encantados. Razão da maioria do sucesso das pessoas que têm a coragem de se expor e de nadar contra a maré e colocar tudo às claras e em pratos bem limpos.
Não acredito que voltaremos a ser trogloditas, nesta volta nossa às origens, mas pensamentos e coisas que nos ajudaram a sermos mais felizes voltarão. E coisas que saíram de nosso controle e nos fizeram errar e muito, mudarão. O mundo ficará muito melhor a partir de nossos netos, creio eu. Nossos netos, caso os tenhamos, serão muito melhores que nós. Assim espero!
Esse potencial que o ser humano tem de acabar com a maldade e construir a bondade. A faculdade de se reconstruir para melhor, é algo extraordinário.
Penso que somos melhores em muitas coisas que nossos antepassados, lembra-se da época em que mulheres e crianças não contavam como sendo “gente”? Penso que esta mudança de mentalidade é muito boa. Dar valor ao ser humano independentemente do sexo ou idade.
O conforto que damos a nossa prole também. Lembra-se do fogão à lenha e coisa e tal? O fogão a gás é super prático e muitas outras coisas. A net. Tudo isto simplifica demais nossas vidas. Coisas boas. Claro se bem usadas e usadas para o bem (trocadilho), penso eu.
Mas aquilo que nossos antepassados nos deixaram de positivo, com certeza, nunca será destruído. Ao contrário.
Sobre estes seguimentos de blogs, orkut, twiter, tudo isto nos aprisiona um pouco, ficamos prisioneiros da opinião dos outros a nosso respeito. Sempre penso comigo mesma, vou dar uma entradinha no orkut e blog, para ver se alguém deixou algum comentário sobre meus escritos, ou deixou um oi... em meu orkut. Necessidade de que alguém nos diga que existimos. Interessante ver que esta necessidade existe desde todo sempre, mas com a net parece-me ser algo vital. Esta preocupação com o olhar do outro, se está voltado para nós ou não. Será que gostaram do que leram, ou seja, será que gostaram de mim? Já que o que escrevo é parte de mim? Nós humanos somos de fato interessantes. Eta animais interessantes somos nós os humanos. Caaareenntteesss... demais, penso eu.
Mas se vermos tudo de bom que temos ao nosso redor e a nosso favor, a favor do ser humano, faremos o bem. Escravo seja lá de quem, ou do que for é mal. A única bondade da escravidão é a facilidade de não termos que lutar pelo que cremos, pois o outro já faz isto por nós. Não temos que lutar por nossa sobrevivência, já que nossos “donos” fazem isto por nós. E coisa e tal... A liberdade tem um alto preço. O querermos pagar por ele, é o que temos que descobrir. Queremos realmente a tal liberdade?
Percebe que somos sempre prisioneiros de algo? Até de nós mesmos? De nossos conceitos e idéias?
Pense nisto, pois segundo alguns filósofos, a vida só vale a pena se for refletida. E criança também pensa, segundo Lya Luft.
Abraço fraterno. E todo bem e toda graça a todos. Simplismenti Lurdis... ou simplesmente: Lourdes Dias. Rsrsrs...

sábado, 12 de junho de 2010

INTIMIDADE: INTERNET


Assistindo um programa de TV que falava sobre o “por que” as pessoas às vezes interessam-se mais por pessoas à nível de relacionamento virtual, do que por aquelas com quem convivem diariamente?
Uma das causas indicadas por pesquisas é a intimidade.
Sem procurar em nenhum dicionário, mas intimidade para mim significa: conhecer intimamente alguém ou deixar-se conhecer intimamente.
Segundo as pesquisas, sexo não é a prioridade das pessoas. Sejam elas quem forem.
Mas por que nos tornamos íntimos de “estranhos” e não dos nossos?
Penso que quando decidimos namorar ou conviver com o outro, temos a expectativa de que como uma caixinha de surpresas, sejamos surpreendidos pela abertura gradativa, gradual, pouco a pouco, dos sentimentos, pensamentos, modo de ver a vida, o porque da pessoa ser e pensar como pensa e sente. Isto no meu simples modo de ver, sem generalizar nada. Isto é pessoal.
A intimidade nos aproxima muito mais do que nos afasta. Mas no dia a dia, temos dificuldade em expressar nossos sentimentos. Talvez medo de não sermos amados ou aceitos como somos ou estamos naquele momento.
Mas de uma coisa estou certa: quando estamos diante de uma pessoa que é alguém hermeticamente fechado, dificilmente estabeleceremos laços de intimidade, pois como sermos íntimos de alguém que não quer isto? A caixinha de surpresa que somos nós tem que ter uma surpresa para as pessoas a cada dia. Assim a pessoa terá prazer em conhecer o novo que existe em todos e em cada um de nós. A novidade desperta a curiosidade que está em nós, seres humanos, e a partir da curiosidade, travamos conhecimento e nos relacionamos.
Penso que podemos sentir uma certa atração por alguém e na medida que o conhecemos nos decepcionarmos, por não corresponder às nossas expectativas, mas creio também que isto acontece muito raramente, pois nós temos uma tendência a amar as pessoas muito mais por suas fraquezas e fragilidades, que por suas qualidades. Quando descobrimos que tal pessoa age de tal forma por ser frágil, ferida e coisa e tal, nós amamos muito mais. Pois qualidade, é muito mais fácil de se ver do que os defeitos e fragilidades. Comigo? Quase sempre amo e dou preferência pelos mais frágeis e feridos na alma, tipo o amor de Jesus por todos e por cada um. Tento ser assim, mas nem sempre consigo, mas tentar? Eu tento.
Quanto à Deus? Penso que a intimidade com Ele seja quase da mesma forma como a de nós humanos, com uma pequena ou grande diferença: para Deus não existe expectativa ou surpresa em relação a nós, pois nos conhece integralmente, mesmo antes de sermos gerados. Deus sabe como seremos quando estivermos terminados. Aliás!!! Somente Ele sabe disto. Ele nos vê completos, acabados. Pois a obra que somos nós e que é Dele, Ele não deixa por fazer.
Expectativas de Deus em relação a nós? 0 (zero) nenhuma, nenhuma.
Desapontamentos de Deus em relação a nossas atitudes? 0 (zero).
Caixinha de surpresa para Deus? Não.
Somos caixas de surpresa para os outros e para nós, pois não nos conhecemos inteiramente, mas Deus nos conhece assim: totalmente.
Por que muitos relacionamentos terminam? Penso que um dos motivos seja este, pois não amamos quem não conhecemos e se a outra pessoa não se permite conhecer, é uma caixinha de surpresas sempre bem fechada, dificilmente amaremos tal pessoa. Podemos conviver e conviver anos a fio, mas amar é impossível.
A amizade ou o convívio virtual, desbloqueia, nos deixamos conhecer, e conhecer o nosso melhor e talvez até nosso pior, mas as pessoas normalmente gostam do que vêem: seres humanos, tão humanos quanto elas. Isto forma laços até maiores que quando convivermos cara a cara, digamos assim. O fato de nos deixarmos conhecer pelo outro é que nos faz íntimos.
Com Deus, já que nunca O surpreenderemos, nossa intimidade acontece a partir de conhecermos a Ele passo a passo e a cada dia. Deus sim é uma grande caixa de surpresa para nós. E a intimidade se forma durante cada segundo que vivemos. Isto se quisermos, claro.
Forte abraço. Lourdes Dias.

domingo, 6 de junho de 2010

CIGANA? ÍNDIA?


Cigano e índio, são alguns dos gens que trago por herança.
Interessante que meu pai gostava muito de mudar de casa, e nós não entendíamos muito bem a razão de tudo isto. Minha mãe Margarida sempre dizia: “ Eta Lindorfo, vamo mudá di novu? Você gosta de andá com a casa nas costas qui nem caracór. Rsrsrss...” Era assim mesmo que ela falava, cada vez que meu pai Lindolfo pensava em mudanças.
Daí depois de muitos anos, descobri que somos descendentes de índios (minha bisavó) e ciganos me parece que da parte de meus pais. Comecei a entender um pouco sobre meus comportamentos e de meu pai. Nunca consigo deixar uma coisa no lugar por muito tempo, tenho dentro de mim uma espécie de necessidade de não estar num mesmo lugar, tipo nômade. Criar raízes, ou fincar os pés num determinado espaço, me é muito difícil. Pensava que isto fosse coisa que precisasse de cura, mas nãoooo... Sou descendente de nômades. E a tal genética não falha nunca.
Sempre falava pro Alfredo: “Quanto tivermos criado nossos filhos, quero morar em um trailler.” E olha que nem sabia que os ciganos de hoje vivem em traillers. Que coisa engraçada. A força do sangue. O sangue que grita e mesmo que você nem entenda porque determinados comportamentos aparecem, tudo tem uma lógica. Para mim tudo isto faz o maior sentido agora.
Para nos conhecermos melhor é preciso que saibamos nossas origens, somente quando isto não for possível, é que devemos deixar pra lá, mas se for possível, penso que é essencial.
Minha avó usava brincos de argola de ouro. Isto me deixava curiosa. Ela usava muitas saias compridas, não coloridas, mas compridas até o pé. Usava um lencinho amarrado na cabeça. E nem ela sabia porque gostava de se vestir desta maneira. Na época em que era viva, já usávamos trajes modernos, calça comprida e coisa e tal, mas ela não. Sempre pensei que ela vestia-se assim por ser extremamente católica e não queria mostrar as pernas. Seus cabelos eram muito longos, ia até o calcanhar, e sempre usava coque, como chamávamos. Usava o cabelo, tipo enrolado. Interessante! Agora as coisas estavam ficando muito mais claras.
Não conheço nada sobre ciganos. Aliás... Minha avó não esmolava, pois não precisou, mas ajudava muito os que lhe pediam esmola. Quem sabe ela sabia que seus ancestrais esmolavam e daí ajudava os pobres em sua sobrevivência. Ela dizia que isto era caridade.
Vou tentar conhecer mais os ciganos e o comportamento índio para poder me conhecer ainda melhor.
Agora sei porque me identifiquei com as Aldeias de Vida. Afinal, aldeia lembra sempre índio, né mesmo? E nossa espiritualidade católica das Aldeias é sempre embasada na arte (teatro, música, dança, festa, esporte) e quase tudo o que acontece lá é tipo teatral e improvisado. Lá é tudo muito simples, tipo cigano. Parece até coisa de circo e coisa e tal. Percebem a identificação?
Nossas Aldeias é tipo um teatro católico. Teatro embasado na Palavra de Deus. Teatro que é embasado na vida real e nos ensina como viver a vida tal qual ela é. Um ousar existir. Ousar viver a vida, aqueles que pensam em desistir dela.... Ou aqueles que decidiram viver melhor a vida que Deus lhes deu. Viver... Vivendo. Digamos assim.
Por isso ter preconceitos é coisa muito errada. Ter preconceitos diante dos ciganos, dos índios, dos negros, dos pobres, dos brancos, é coisa horrível mesmo, porque nunca sabemos de onde viemos e se rejeitamos nossos irmãos, nos rejeitamos também.
Quero agradecer ao Senhor por cada descoberta que faço de mim. Fico cada vez mais parecida com meu Senhor. Afinal somos ou não somos Sua Imagem e Semelhança? Lourdes Dias. PS.: DADOS IMPORTANTES: NASCI EM 25/05 E MINHA IRMÃ FÁTIMA EM 08/04... datas importantíssimas para o povo cigano. Não acredito em coincidências.

sábado, 5 de junho de 2010

SER OU NÃO SER: EIS A QUESTÃO.




O comum nos dias de hoje, é esta busca de nossa identidade, e a preocupação da perda da mesma.
Perguntamos com muita freqüência: o que sou eu ou quem sou eu?
Em que me tornei? Ou como me tornei naquilo ou naquela que sou hoje?
Simples... simples... simples...
Sou uma filha amada e querida por Deus. Não é simples?
Mesmo que alguém ou alguns não me quisessem, ou seja lá quem for, ainda não me queiram bem, Deus o Sumo bem me quer e muito. Ele me quer bem e muito bem. Então? Choro por que?
Se sei quem sou para Deus? Que me interessa o que penso sobre mim ou quem pense o que sobre mim. Não importa. Nãoooo importaaaaaaa!!!!
Na verdade queridos, o que importa é o que Deus pensa sobre mim. E Ele o Bem Supremo, espera e pensa sempre o melhor sobre eu e você. Creia nisto. Mesmo que o mundo ou as pessoas ao seu redor, teimem em querer fazer com que você se sinta um nada. Não acredite nisto! Isto é uma ordem! Creia em Deus e somente Nele.
Deus desejou você e ainda deseja você.
Deus amou você e ama você, desde sempre.
Deus o criou para algo grande.
Deus o criou para o amor e para amar.
Para O AMOR.
Deus o criou para Ele: O AMOR.
O Amor com “A” maiúsculo. Com todas as letras garrafais e maiúsculas, isto Ele e eu posso lhe garantir.
Ser simplesmente e tomar consciência de quem você é: filho (a) amado(a) de Deus faz a grande diferença.
Quanto aos seus pecadinhos? Pe. Hugo Greco nos dizia: Deixe os seus pecadinhos pra lá e ame a Jesus. Deixe pra lá. Enterre seus pecados, bem enterrados. Deixe de se preocupar com eles. Pecados confessados, são pecados perdoados, hoje e sempre.
Viu quem é você? Viu quem sou eu?
E a partir de assumirmos isto, as coisas entrarão nos eixos, aquilo que for caos deixará de ser e passará a ser apenas um desdobramento de você enquanto pessoa, seja lá o que isto signifique aos olhos do Deus Amado, do Deus Amor.
Abração fraterno, materno, terno. Lourdes Dias.

RELIGIÃO: O PIO DO POVO E NÃO...


Acabei de ler isso em Lola entrelinhas, achei fabuloso e diz tudo o que penso: “Religião, não é o ópio do povo, mas o PIO do povo.” Essa foi demais!! Rsrsrsrs...
Interessante que tem pessoas que pensam isso mesmo, que a religião é para nos alienarmos da realidade, mas todos os ditos e tidos... Gostei disto... Ditos e tidos.... Tidos e ditos... Rsrsrsrs..., mas os nossos santos de altares, não tem nada de inebriados por ópio, ou seja lá por que droga for. A realidade de nossos santos é uma realidade nua e crua. Eles vivem por servirem aos que nada possuem, seja em relação aos bens materiais ou espirituais, e nada de alienação nãoooo... Arregaçam as mangas e com lágrimas e espinhos ajudam aos que nada tem.
Isso não é ser alienado, etezado, ou seja, lá, o nome que queiram dar a quem segue a risca aquilo que acredita. A religião nos ajuda a sermos civilizados, a olhar para o umbigo do outro, como costumo brincar, nos ajuda a deixarmos de olhar para nosso próprio umbigo, para olharmos para o do outro. Rsrsrs... Rio, porém nunca falei tão sério em toda minha vida.
Quem vive a experiência de uma religião sóbria e consciente, se torna uma pessoa surpreendente, mas veja bem, desde que viva isso. Não somente pregue assim, mas tente dar testemunho fiel de sua vivência.
E na verdade a Religião é o “PIO” de quem não deixam piar. A religião é a voz daqueles que não tem voz. E se sua religião não for isso e assim, então tá tudo errado, penso eu.
Legal: Religião é o pio... Ou o piu... piu... de nós, um povo sem voz e nem vez.
Abração a Lola e a todos. Lourdes Dias P.S.: escrito em 10/2009.

SOBRE PERDÃO E A QUEM DEVO PERDOAR?


Fiz parte da vigília em nossa última Aldeia de Vida, foi o “must”, tudo de bom e todo bem. Ficamos muito tempo diante do Santíssimo em adoração e intercessão. Adoração ao Senhor e intercessão pelo seu povo escolhido. Povo sofrido, aquele que é o preferido do Senhor, lembra-se? Ovelhas prediletas? Pois é... Foi por estas e outras que estivemos três dias em oração. Deus seja louvado por isto tudo. Para sempre seja louvado!
Lá me deram um papelzinho escrito o que Deus estava fazendo em mim naqueles dias. Na hora fiquei meio confusa. A palavrinha mágica era: PERDÃO.
Fiquei a pensar em quem eu deveria perdoar ou pedir o tal perdão.
Veio a minha mente quase que imediatamente: VOCE DEVE SE PERDOAR E PERDOAR A DEUS. Puxa!!! Quanta ligeireza mental, rsrsrs...
Daí chegou como por encanto ou providência, essa eu acredito mais, mas chegou às minhas mãos o livro A Cabana. Fiquei um pouco com preguiça de começar a lê-lo, mas depois de saber qual era o conteúdo, entendi imediatamente o processo que estava vivendo HOJE. Achei belo e fiquei grata ao Senhor por tamanha delicadeza, providenciar aquilo que eu precisava: o alimento, o pão de cada dia, o pão do dia de hoje.
Depois de conversar com minha terapeuta, vi que o milagre do perdão estava começando a se realizar EM MIM, a partir do Perdão maior que é o Senhor. O Sumo bem e o Sumo perdão, Aquele que me perdoa, e que nos perdoa sempre... sempre... Sabia que o Senhor estava querendo me ensinar como viver o perdão a partir disto: de perdoar meus pecados cometidos e perdoá-Lo pelas perdas, por pensar que permitiu ou que Ele mesmo tenha tirado a vida dos meus amados, de maneira tão ríspida e agressiva. Daí entender que Deus não nos tira nada. Quem tira as coisas ou nossos amados é o mal, este sim faz isto. Mas Deus é o Sumo e Perfeito bem, Ele somente permite que façamos de acordo com nossas próprias escolhas. Podemos escolher entre a vida e a morte, entre o bem e o mal. Se fizermos escolhas pelo mal? Deus nada fará quando a isto. A liberdade de escolha é algo intocável, diz o Senhor. Sois livres!
Mas este processo de cura através do perdão, dói um bocado, pois como posso perdoar a mim mesma, por tantas loucuras cometidas no passado e até nos dias presentes? Mas se acredito, e eu acredito, que ao confessar meus pecados ao sacerdote e portanto ao próprio Deus, sou imediatamente perdoada, como não me perdoar? Como ainda insistir em querer ser mais que o meu Senhor, que me perdoa sempre? Pois é... pois é... pois é... como é comum fazermos isto: não nos perdoarmos, querer ser mais que Deus, grande erro este, e coisa do maligno, penso eu.
Então? Que tal começarmos juntos a nos perdoar e perdoar a Deus, e somente a partir daí, possuirmos EM NÓS a capacidade de perdoar os nossos irmãos?
Este não é um caminho fácil, somente quando contamos com a graça, poderemos viver isto e assim, mas só chegaremos a esta meta e a este objetivo a partir de nossos passos em direção ao Senhor. Somente Ele poderá nos conceder esta enorme graça, que nos fará mais santos, com toda certeza.
Vamos caminhar juntos? Boa caminhada!
E que Deus nos abençõe, hoje e sempre.
Abraço forte. Lourdes Dias.

sábado, 15 de maio de 2010


ALCOÓLICOS DIFERENTE DE ALCOÓLATRAS.
Li não sei onde que alcoólicos são os doentes que normalmente já tem a pré disposição genética à doença do alcoolismo. Alcoólicos: doentes.
Alcoólatras: aqueles que têm no álcool ou na bebida o seu deus. Mas não são dependentes e nem doentes. Tipo uma idolatria.
Sempre penso em Jesus quando fez seu primeiro milagre em público. Era uma festa de casamento, onde se comemorava muitos dias, portanto vários dias de bebedeira. Quando o vinho acabou, e isso era vergonhoso aos noivos, Jesus resolveu fazer o milagre, transformou água em vinho. Seiscentos (600) litros de vinho, já pensou? Mas o interessante foi que Jesus fez isso quando a maioria dos convidados estavam bêbados. Por que Jesus fez isso? Será que Jesus não se preocupava com o alcoolismo, naquela época?
Eu se fosse Ele, pensaria assim: “Tá todo mundo bêbado. É ruim que vou dar mais bebida pra essa gente. Que bom que acabou o vinho, assim a festa acaba mais cedo e se os noivos ficarem envergonhados, isso também passará.” Não seria lógico esse tipo de pensamento? Mas já que os meus pensamentos não são os de Deus, Ele fez o contrário de tudo o que eu faria.
Minha família está acabando muito cedo por causa da doença do alcoolismo, daí eu tenho certas reservas em relação a isso. Você ver seus entes queridos morrendo por causa da “marvada pinga” não é lá muito legal, concordam?
Mas sei que se em minha família a pré disposição genética acontece, em casa é bom ter certos cuidados e evitar o primeiro gole é sempre bom... Porque depois do primeiro... Sempre vem os outros. Mas as festas são sempre regadas à cerveja. Aqui todo mundo tem dificuldade em parar no primeiro gole, coisa de falta de limites, ou de doença mesmo.
Penso que se somos pré dispostos o melhor seria não beber, mas e se somos sarados? Por que não? Naquele tempo a doença da época deveria ser o alcoolismo, pois a bebida fazia parte da cultura, e Jesus nem esquentava sua cabeça com isso.
Sei que tudo de mal sai de dentro de nós e que o que comemos ou bebemos não é o que nos faz mal. O mal ou a predisposição a ele está dentro de nós. Inclusive geneticamente falando. Pois o gen está em nós e não fora de nós. Portanto a pré disposição a essa ou aquela doença também está dentro de nós.
Então Jesus procurava curar de dentro para fora. Curar o mal pela raiz, ao invés de nesse caso, combater as conseqüências.
Mas nós que temos nossos doentes, sempre ficamos com um pé atrás em relação à bebida. Sempre. Gosto de beber, mas paro no primeiro gole. Ultimamente bebo mais cerveja sem álcool, já que gosto do sabor da cevada.
Mas em casa quase todo mundo bebe. Meus irmãos são artistas e seresteiros então dificilmente se livrarão da bebida. Dois deles já faleceram de cirrose e pancreatite, graças à bebida exagerada. Mas eles não querem curar-se, não estão pré dispostos a se curarem, então nada feito. Nem AA, nem orações, pois nem gostam de recebê-las, rezo a distância, pois sei que para Deus nada é impossível, mas Deus respeita muito nossa liberdade e nos entende também, eles não sabem como lidar sobriamente com suas dificuldades da alma. Cada um sabe onde cada coisa lhe aperta. Meus irmãos são sensíveis por demais. São lindos ébrios. Sabe a tal música? “Tornei-me um ébrio, e na bebida busco esquecer...” E coisa e tal. Eles cantam e são assim.
Abraço. Lourdes Dias.

terça-feira, 4 de maio de 2010

QUE ME IMPORTA SE NEM PAREÇA PÁSSARO...


O que me importa se ao final da missão eu nem pareça com um pássaro. O que importa realmente é terminar a missão. O que importa é ir, e ir até o fim.
Embora muitas vezes pense em desistir. Daí, sempre desisto de desistir. Rsrs...
Estava pensando nessa coisa de acabar algo começado, neste caso seria algo que temos que fazer,não importando como chegaremos no final: se inteiros ou aos pedaços. A missão passa a ser a coisa mais importante a ser realizada, mesmo que no final estejamos só o pó como dizem as pessoas.
Tem uma música que diz assim: Que me importa se a mula é manca. Rsrsrs... Ou seja, que me importa se a mula que vai me levar até o fim, é manca, ou se é um cavalo alazão, ou mesmo um cavalo de corrida? Importa é chegar. Importa o dizer: missão cumprida.
Nesse caso penso assim: que me importa se eu sou a mula manca, se sou o cavalo alazão, a águia, o coelho, a tartaruga... e assim vai. O que sou não tem a a menor importância, se sou rápida como o coelho ou lenta como a tartaruga. Se sou como um cavalo rápido de corrida ou uma mula manca, lentinha, lentinha... Nada disso é importante. Se vou montada no cavalo de corrida ou na mula manca. Se sou essa mula.. E daí? Eu quero é chegar. Minha meta é chegar.
Como pessoa em busca de santidade.
Como mãe e esposa.
Como filha.
Como pessoa de uma comunidade.
Tem pessoas que conseguem cumprir a missão até o final, outras não. Mas penso que querer isso é legal, o conseguir, depende não somente de nós, mas de uma ajuda de Deus.
Não sei se conseguirei chegar até o final, mas só sei que não raras vezes vejo-me como um pássaro sem pena, sem bico, sem pernas e sem asas. O que é horrivel! Sem asas! Imagine só, um pássaro impossibilitado de voar, é triste, não é mesmo?
Mas com asas ou sem elas, voando ou não... chegarei... chegaremos, se Deus assim o permitir. Texto do dia 05/09/09 - O título é de um texto de Dom Helder Câmara.
Abraço. Lourdes Dias

quarta-feira, 14 de abril de 2010

SEJA UM IDIOTA

A idiotice é vital para a felicidade.

Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz! A vida já é um caos, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins.

No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota! Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Ignore o que o boçal do seu chefe disse. Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele.

Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto.

Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo,soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça?

hahahahahahahahaha!...

Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana? Quanto tempo faz que você não vai ao cinema?

É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí,o que elas farão se já não têm por que se desesperar?

Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. Você quer? Espero que não.

Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade já é dura; piora se for densa.

Dura, densa, e bem ruim.

Brincar é legal. Entendeu?

Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço,não tomar chuva.

Pule corda!

Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte.

Ser adulto não é perder os prazeres da vida - e esse é o único "não" realmente aceitável.

Teste a teoria. Uma semaninha, para começar.

Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são:
passageiras. Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir...

Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração!

Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora?

A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore,dance e viva intensamente antes que a cortina se feche!
Arnaldo Jabor.
Arnaldo escreveu isto e assim. Em tudo eu somente mudaria o título para: SEJA FELIZ!. Isto se Arnaldo me permitir é claro. rsrsrs... Forte abraço. Lourdes.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

HISTÓRIAS QUE CURAM


Livro de Rachel Naomi Remen, Histórias que curam/Conversas sábias ao pé do fogão.
Tem muitas coisas interessantes neste livro, mas o que gostei mais foi que ela nos conta que o que na maioria das vezes o que nos faz buscar no divã do analista a resolução ou uma luz para nossos problemas, é que deixamos de fazer isso em família. Cada vez mais sentamos menos à mesa para podermos lavar a roupa suja, já que essa deveria mesmo ser lavada em casa e não fora. Mas como a modernidade nos faz ficarmos mais tempo na frente da tv e da net do que conversando com os nossos familiares, daí a grande dificuldade. Nunca colocamos nossas conversas em dia e diálogo ainda é algo fundamental para a sobrevivência seja de quem for.
Mas além desse fato dela ter presenciado que a falta de diálogo em família é causa de muitas doenças psíquicas e físicas, ela colocou o nome de uma doença que nunca tinha ouvido falar: SÍNDROME DA FADIGA CRÔNICA.
Conhece? Sabe que às vezes sinto que tenho isso? Por que não são poucas às vezes em que sinto-me tremendamente fatigada sem fazer grandes esforços ou grandes coisas. Exemplos: o fato de ficar na frente do computador escrevendo, já me fadiga. Quando acordo, inúmeras vezes acordo já muito cansada, como se já tivesse feito muitas e grandes coisas. O simples fato de varrer a casa, já é uma coisa fora de série, para mim. O que as pessoas às vezes chamam de preguiça, ou aquela é uma sangue suga, ou aquele é um chupim, pode ser somente isso, essa fadiga crônica.
Não sei se tenho essa síndrome, mas que tenho um cansaço muito grande, mesmo estando fazendo coisas que me dão imenso prazer, isso eu tenho. E se fosse somente com coisas que não gosto de fazer, já teríamos aí uma explicação, mas não é assim. Mesmo quando estou em lugares e com pessoas que me dão prazer em conviver, sinto esse cansaço e logo quero deitar e ficar em casa.
Fico uma grande parte de minha vida na cama. Faço alguma coisa e corro pra ela. A cama me olha sempre como esperando por ela e sendo sempre muito bem vinda.
Não sei se me acostumei a isso, ou se realmente meu metabolismo pede por esse tipo de vida.
Mas levo minha vida assim, sempre muito cansada. Mas não sei ainda como mudar isso. Faço o que posso e como posso. E é isso aí, e assim.
Se você se sente sempre assim, e sua família pensa que você é vagabundo ou coisa do gênero, analise-se e bola pra frente. Nada de desânimo. Embora pra nós as coisas nos pareçam mais difíceis, mas lutar faz parte, né mesmo?
E nesse livro histórias que curam, tem cada testemunho de vida M A R A V I L H O S O ! Essa mulher, de verdade é alguém fantástico. Uma alma belíssima.
Abraço. Lourdes.

sexta-feira, 26 de março de 2010

CONVITE DE JESUS A TODOS NÓS...


Como é que Jesus dirige-se a nós? Fazendo-nos um CONVITE. Preste atenção em algumas passagens em que Jesus convidou as pessoas a seguirem-No. Jesus nunca impôs nada a ninguém, Ele sempre deixou que seus seguidores fizessem isso LIVREMENTE. Jesus em sua imensa sabedoria sabia que coisa forçada não funciona com a gente. Se não fizermos nossas coisas livremente, quer para acertarmos ou errarmos, não seremos plenamente felizes.
As normas que nos são “impostas” ou leis divinas, são coisas que na verdade já existem dentro de nós, são leis naturais, digamos assim, para aqueles que são naturalmente bons. Exemplo: não matar. Se somos bons, nunca quereremos matar ninguém. Não roubar, mesma coisa. E por aí vai. Não pecar contra a castidade.
Todas essas coisas que a primeira vista nos parecem como imposição, são somente coisas que se vivermos isso livremente e naturalmente, seremos felizes. E os mandamentos, nada mais são que isso, não mandamentos, mas leis naturalmente boas.
O fazer o mal a nós ou a quem quer que seja, não é natural do ser humano. O ser humano é essencialmente bom.
Mas de uma coisa eu tenho certeza, isso por experiência própria: O SALÁRIO DO PECADO É A MORTE.
O que é o pecado senão um ofender a Deus, ofendendo aos irmãos? Nunca conseguiremos atingir a Deus, Ele é o Todo Poderoso, Supremo Bem e inatingível em Si mesmo. Mas podemos atingi-Lo de forma bem indireta, ferindo nossos irmãos. Não sei por que isso é assim, mas aprendi dessa forma. Quer ofender a Deus? Ofenda o próximo e aí você atingirá seu objetivo.
Se fizermos algo contra nós mesmos, também conseguiremos atingir a Deus. Se não nos respeitamos, se não respeitamos nosso corpo e nem o corpo daqueles a quem amamos, ferimos a Deus. Somos filhos amados Dele, e que Pai quer que alguém machuque seus filhos? Aqui em casa eu sou assim: eu até me acho no direito, embora esteja errada também, mas eu sou às vezes rude e grosseira com os meus, mas, AI! De quem os machuca. Viro uma cobra. Poucas vezes fico tão brava como quando vejo que alguém está fazendo mal aos meus filhos. Daí a coisa muda de figura! Eu sendo má, e somente humana em algumas atitudes, ainda defendo os meus! Que dirá o Pai do Céu. Quanto mais Ele.
Para mim o pecado nada mais é que isso.
“Perdoe-me Senhor, meu Deus e Pai, porque pequei contra Vós, que sois tão bom e digno de ser amado.” Isso é pecar, e isso é o que o pecado faz conosco e com nosso Criador e Pai.
Quando Adão e Eva se esconderam Daquele a quem é impossível se esconder, é pela vergonha de estar fazendo algo que suas consciências ditavam como errado, e daí se afastaram do Amor maior e do Amado. O pecado faz isso com a gente, nos afasta de Deus, embora Ele nunca se afaste de nós, mas nos sentimos assim, mal e longe Dele.
O pecado somente nos faz mal.
Pense nisso! Se concorda ou não? Sem problema nenhum, mas aceitar um CONVITE DESSE DE JESUS, só nos faz bem. Pó pará de pecá! Rsrsrsrs....
Abraço. Lourdes Dias.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

A BUSCA DE MIM MESMA... OU A PROCURA DE...

Segundo alguns amigos virtuais meus, e não àqueles que já comeram um prato de sal comigo, mas que mesmo assim tenho estima muito grande por todos e por cada um deles. Eles colocaram assim: Segundo Osho, devemos deixar de buscar as coisas... Mas como assim? Será que quando paramos nossas buscas, as coisas virão até nós? Pode ser que sim, pela força da atração que existe entre todos no Universo. Mas penso também que Jesus nos ensina sempre a buscar: Buscai as coisas do alto... Buscai e encontrarei... Buscai... Buscai... Então penso eu... A quem eu quero seguir: Jesus ou Osho. Àquele a quem considero Senhor e Deus? Ou a um simples filósofo ou líder espiritual? De minha parte, ainda prefiro continuar a buscar. Somente, ou melhor, tão somente porque Jesus me ensinou a viver assim. Seguir Jesus requer de nós tomadas de decisões diárias. Sempre penso naquilo que Pe. Pedro Cunha nos ensina, sua decisão pode mudar o curso do universo. Sei que cada opinião nossa muda o mundo e a maneira de ser e agir de alguém, dos mais próximos aos mais distantes.
Essa busca de mim me leva a tantos caminhos, atalhos e coisas que jamais pensaria em conhecer.
Esta coisa do inconsciente coletivo... Vivo isso intensamente. Já não sei como fazer para ser quem eu sou, ou distinguir até onde esses meus pensamentos são meus ou de outros. Pensamentos genuínos, originais, isto ainda não os possuo. Minha mente é sempre preenchida pela mente de Cristo e dos cristãos. Ou pela mente dos homens e seres de boa vontade. Entende o que quero dizer? Não tenho os tais pensamentos originais e genuínos que teimamos em buscar. Se falo, penso ou faço algo, sempre sei estar sendo dirigida pelo coletivo e não pelo pessoal.
Talvez este caminho seja o correto para que eu possa chegar ao pensamento pessoal. Meu pensamento e não nosso pensamento. Mas ao mesmo tempo, questiono-me: Se é para amar como Jesus amou, sonhar como Ele, pensar como Ele, então se temos os mesmos pensamentos e sentimentos de Cristo, deixamos de ser genuínos e originais? Boa pergunta esta, que me faço todo santo dia de minha vida.
Mas e se... Eu nunca conseguir ser genuína em relação a quem eu sou... Ser sempre cópia, mas se for cópia do Senhor a quem amo, estarei errada? Será que se eu for para perto do Deus Pai sendo assim, e estando neste estágio que cheguei de maturidade, eu não estarei bem na fita? Sei lá...
Só sei que... Nada sei... Disse alguém algum dia assim. E eu confirmo.
Abraço. Lourdes Dias.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

REVISTA 30 GIORNI/ 30 DIAS.


Li isso nesta revista: 30 giorni- 30 dias.
Escrito em: É, se opera, de Dom Luigi Giussani.
“O sentimento amoroso é como um rio caudaloso, não dá para guardar suas águas em diques. Elas acabam extravasando.”
Nessa relação eu-tú ou eu-Tú,ou seja, relação eu com o outro e eu com Deus. O mistério da pessoa é do amor compartilhado, ultrapassa, extrapola a nossa compreensão e o nosso raciocínio lógico.
É uma experiência: Subjetiva, interior, espontânea, intuitiva, inexplicável e indefinível.
Pode-se expressar objetivamente: pela fala, pela declaração de amor, por um gesto, por um olhar, por um sorriso, por um toque, um símbolo, um presente, uma flor...
Pode assumir dimensões: sociais, comunitárias, públicas, casamento, amizade, que podem ultrapassar o tempo e o espaço.
QUANDO QUEREMOS RACIONALIZAR demais e explicar tudo pela ciência ou teologia, acabamos por quebrar o encanto, a magia e o fascínio.
Sentir a presença e a ação de Deus Pai acontece num momento: único, original, não programado, inesperado, surpreendente (ÁGAPE). É um MISTÉRIO.
Pode acontecer:
- Em qualquer lugar,
- Em qualquer cultura,
- Fora das tradições religiosas,
- Dentro de tradições religiosas.
SEMPRE NA VIDA.
“Desabrocha o senso crítico, compromisso com o social, postura ecumênica, reverência e respeito pelo diferente.”
Achei isso muito interessante!
Penso que isso acontece assim e desse jeito, mas nós só podemos falar de coisas que experimentamos e como vivo essa experiência em nossa Igreja Católica e dentro de Suas Tradições, não posso garantir que isso aconteça em outras, embora saiba que o Espírito Santo, mesmo que queiramos fazer muito isso, NUNCA PODE SER APRISIONADO. O querer achar que Deus só opera nesse ou naquele lugar é levar Deus à mediocridade.
Por isso respeitar o outro em suas crenças e tradições, é bom e eu gosto. É bom e Deus gosta muito disso.
Quereria que Deus operasse e agisse assim em todos, sejam eles de quais crenças forem, pois essa experiência eleva nossa dignidade, nos torna dignos de quem realmente somos: Filhos de Deus.
Paz e bem! Lourdes Dias.
I

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

"SENHOR, NÃO ME DEIXE JULGAR UM HOMEM SEM QUE EU TENHA ANDANDO DURANTE DUAS LUAS COM SEUS MOCASSINS" - Prece de um índio Navajo


O que significa isso?
Somente nós sabemos onde nossos sapatos apertam, não é mesmo?
Então se somente nós sabemos onde estão nossos calos e feridas. Feridas e calos conseguidos devido as longas caminhadas por diversos caminhos. Muitas feridas em nossos dedos dos pés, que dóem e somente nós sabemos quanto. Dizem as bailarinas e as pessoas que desfilam, com suas sapatilhas e sapatos bicos finos, que elas sorriem mesmo que seus pés chorem... rsrss. Interessante isso! Pois é... Vemos seus sorrisos, mas não sabemos quanta dor estão sentindo.
Esse índio é cheio de sabedoria.
Acredito que se andarmos somente alguns minutos, ou segundos, com alguns sapatos de nossos amigos, já experimentaremos o quanto sofrem em sua caminhada, nem será preciso andar luas, ou horas, ou dias.
Penso que deixaremos de julgá-los imediatamente. Nem ousaríamos fazer isso, ao compreender a dificuldade que eles tem para caminhar com tais sapatos, ou até sem eles. Pois tem gente que nem sapato tem. Enfrentam a caminhada com seus pés descalços. Coisa horrível, quando o caminho é cheio de pedras.
Conclusão: NÃO JULGUE NUNCA!
Lourdes.

BUSCAR AS COISAS DO ALTO.


"Busque primeiro o reino de Deus (paz, amor, justiça, santidade, verdade) e tudo o mais vos será acrescentado."
Buscar as coisas do alto não significa buscar coisa que façam de você uma pessoa maior ou melhor que as outras, nada disso.
Jesus, tendo todo o poder em suas mãos e às vezes se via tentado a usar isso em seu favor, mas deixava de lado e recomeçava. Mesmo tendo poder sobre a natureza, sobre a mente das pessoas, de forçá-las a segui-Lo, se Ele quisesse, poderia, tinha toda a força para fazê-lo, mas preferiu, usar de sabedoria, bondade, doçura e amor para atrair as pessoas para o Pai, não para si mesmo.
A missão maior de Jesus além de nos salvar, era nos levar até o Pai. Embora Ele dissesse que quem me ve, ve o Pai. Ele deixou claro que o Pai é uma pessoa e maior que Ele. Deixou claro que o Espírito Santo também era outra pessoa espiritual, o consolador, o advogado.
Mas Jesus fazia um convite à seguí-Lo. A seguir seus passos, sem ir para a direita ou para a esquerda, mas seguir suas pegadas e assim não nos perderíamos.
Esse caminho nem sempre é fácil, mas quem disse que viver a vida realmente, é algo fácil? Não é fácil, nem para cristãos, nem para não cristãos. Viver não é fácil. Viver exige coragem, luta, labuta diária, isso sim é viver e não outra coisa, não se enganem. A vida só vale a pena se for vivida. Não sonhada, não somente aspirada, mas realizada. Vivida em atos concretos e isso não é lá nada fácil, concorda?
Viver a vida. Viver a alegria de andar na luz, é coisa difícil, mas possível.
Nem sempre consigo ou conseguiremos isso, mas tentar tentaremos, não é mesmo?
Desistir nunca. Sempre desista de desistir. rsrsrs
Abraço. Loaurdes Dias

sábado, 23 de janeiro de 2010

SEJA AUTENTICO


Os existencialistas definem autenticidade, como a um estado em que o indivíduo está ciente da verdadeira natureza de nossa condição humana.
Segundo o Cristianismo, todos nós somos santos e pecadores, essa é nossa condição, enquanto seres humanos.
INAUTENTICIDADE é quando a pessoa é IGNORANTE quanto a essa realidade ou a nega.
Existencialistas discutem normalmente sobre:
- o absurdo;
- a alienação;
- a angústia e a
- autenticidade.
A pessoa que não é autêntica ignora ou nega a realidade.
Em Matrix personagens que se aproximam da autenticidade são considerados: ansiosos, alienados ou à beira da insanidade.
O movimento para sermos autênticos e verdadeiros implicaria em: angústia, deslocação social e às vezes loucura.
A autenticidade pode vir ou não acompanhada de extrema ansiedade e desconforto.
Para os existencialistas, a maioria de nós não somos autênticos ou verdadeiros. Por que?
Por causa da resistência psicológica e doutrinamento social.
A existência humana contêm fenômenos que preferimos negar: a morte, o sofrimento, a falta de sentido para a vida. Aqui quero colocar um parênteses, não sei bem se Alexandre, o grande, disse sobre um velho sábio uma vez: se você não fizer tal coisa que mando, matarei você. E o velho nem se mexeu, por que? Ele não se importava de morrer, para ele o morrer ou o viver era a mesma coisa. Daí Alexandre disse: como matarmos alguém que está disposto a morrer? O que significa que nunca deveríamos ter medo de que nos tirassem a vida, tal qual esse sábio. Com certeza o destemor demolirá o coração daquele que estiver disposto a nos matar. Grande sabedoria de vida essa. Legal mesmo.
Aprendi. Rsrsrsrsrs.
Mas de volta a Matrix. Para sermos autênticos, precisamos aceitar todos os aspectos do ser humano, nossas fragilidades, nossa humanidade. É PRECISO CONHECERMOS A NÓS MESMOS nós podemos e devemos mudar o mundo dentro e fora de nós.
O autêntico, aceita o diferente. Aceita e compreende as coisas, mesmo que não combine com a maioria. O AUTÊNTICO É LIVRE. Mas a maioria das pessoas não está pronta para ser livre. As pessoas resistem a conhecer a verdade e renunciam a qualquer um que pareça procurá-la.
É importante para a maioria das pessoas pensarem do mesmo modo.
Por causa da inautenticidade ou da mentira uma pessoa que caminha para uma percepção honesta da condição humana perde o apoio dos outros, quando mais precisa dele.
O autêntico é visto como alguém que tem um desvio comportamental.
A autenticidade nos leva a um isolamento social. Esse período de TRANSIÇÃO para a autenticidade parece com sentimento de LOUCURA. Esse movimento que nos leva a autenticidade, representa e ao mesmo tempo é experimentado como um movimento para a insanidade, pois a compreensão alcança na autenticidade transcendente, Deus, o que é estabelecido como ¨normal¨.
O indivíduo que se aproxima da verdade, da autenticidade, não só parece louco para os outros, mas provavelmente se sente louco também.
Alcançar a autenticidade implica em aceitar que somos criaturas frágeis e finitas com total responsabilidade sobre nós mesmos.
A vida não autêntica alivia a ansiedade, mas não a destrói. A ansiedade surge da natureza de nosso ser. O único meio de destruirmos a ansiedade é se destruíssemos a nós mesmos.
Uma pessoa não autêntica encobre a verdadeira causa de sua insegurança e a atribui a causas mundanas, tipo: culpamos o trabalho, as pessoas, a falta de algum objeto, a falta de um status específico.
Imaginamos que se conseguirmos o emprego, o carro, etc., nossas inseguranças e insatisfações seriam eliminadas.
Infelizmente nós indivíduos não autênticos, vivemos correndo de nosso SER e ao mesmo tempo recusamos reconhecer a verdadeira causa da fuga.
O modo não autêntico de viver também tem a conseqüência negativa de limitar a liberdade de um indivíduo. Encobrimos nossa própria natureza limitada. Isto não aprendemos de Jesus. Ele nunca escondia o que pensava ou sentia.
Negam sua própria liberdade, não tem uma percepção genuína, verdadeira, de suas reais possibilidades. Não admitem a verdadeira extensão de sua escolha.
Exemplo: ao invés de aproveitarem a oportunidade de criarem a si próprios, assumem identidades pré-determinadas. Assumem papéis ditados por outros e não feitos por si mesmos. Não podem fazer escolhas verdadeiramente informadas ou autônomas, (faculdade de se governar por suas próprias leis), as tais leis do Espírito Santo, segundo acreditamos em nossa Igreja Católica Apostólica Romana. Se recusam a serem honestos sobre o verdadeiro estado das coisas, fazem escolhas que correspondem a seus papéis pré-determinados ao invés de escolherem por si próprios. Tirando a responsabilidade de seus atos. Esses indivíduos obtém um certo conforto, porém isso somente acontece à custa da PERDA DA AUTONOMIA PESSOAL.
Na autonomia (faculdade de se governar por suas próprias leis), teremos que aceitar certos fatos perturbadores. Ela nos leva a abandonarmos certas ilusões sobre o mundo, não precisa nos induzir à loucura.
O SER AUTÊNTICO faz escolhas genuínas e nos leva a uma espécie de SERENIDADE e apreciação existencial. A existência é um DOM perfeitamente LIVRE. É uma plenitude que o homem nunca pode abandonar: DENSA – PESADA – DOCE (o existir, o viver).
Aceitar a verdadeira natureza da existência nos leva a pararmos de fugir e começarmos a viver.
Viver o dia-a-dia, sem justificativas e sem desculpas.
Embora a existência não seja tudo o que queremos, mas só nos sufoca se insistirmos que seja diferente do que é.
Se abrirmos mão dessas expectativas, podemos ver as coisas como elas são.
A autenticidade representa uma abertura para nós mesmos. A VERDADE DE NOSSA EXISTÊNCIA É SÓBRIA.
Bem, aqui está alguns dos pontos de vista deste livro. Aliás, gostei demais de lê-lo. Não assisti o filme, pois achei-o complexo demais para mim, mas a partir da leitura desse livro, achei que as conclusões do autor tem muito de verdade, sob o meu ponto de vista, é claro. Você pode e deve ter pontos de vista diferentes e até contrários, tudo bem... Afinal a escolha é sua, não minha, né mesmo?
Seja autêntico e portanto mais feliz.
Abraço. Lourdes Dias.