sexta-feira, 25 de junho de 2010
SCHOPENHAUER e minha decepção...
Como fiquei decepcionada quando vi ontem sobre alguns dos pensamentos de Schopenhauer sobre o amor.
Para ele o amor é somente uma forma de buscarmos o outro para procriarmos. A tal propagação da espécie humana. Puxaaaaaa!!! Que coisa horrível de se imaginar: fazer sexo só por causa disso. E nossa sensibilidade? E nossa afetividade? Não conta? Falar de sexo desta forma simplista parece-me simples demais e não concordo com ele não.
Se isto fosse verdade, muitos relacionamentos acabaríam depois dos filhos. Mas existem relacionamentos muito duradouros, com filhos ou sem eles. Dizer que vivemos tão somente pela perpetuação da espécie, sem levar em conta que somos seres sensíveis e afetivos, não me parece lá ser algo muito inteligente.
O dizer que o casamento ou matrimônio não trás felicidade, acho radicalizar demais as coisas. Existem casamentos (acasalamentos) e matrimônios (sacramento) felizes. Casais realizados, embora confesse, que pouquíssimos, coisa muito rara hoje em dia, mas que existem ... existem...
Esta coisa de dizer que nosso pensamento é que é o correto, sem deixarmos brechas para questionamentos e dúvidas à respeito, seja lá do que for, é fecharmos hermeticamente nossa cabeça para o novo. Como cantava Elis Regina: o novo sempre vem.
A novidade é própria do ser humano, penso eu. A busca pela novidade e pelo novo é algo nato. Pelo menos eu busco sempre algo novo, a cada dia, mesmo nas pequeninas coisas.
Beemmm... se amor é somente o encontro sexual entre duas pessoas, as coisas ficam sempre muito superficiais, pois simplesmente faríamos sexo com a primeira pessoa que encontrássemos e nos atraísse, sem a menor preocupação com o compromisso. Penso que isto é o caos. No meu modo de ver. Posso estar errada, afinal não pretendo fechar-me em meus próprios conceitos ou pensamentos.
Esta coisa de ligarmos o amor somente à procriação, é coisa muito pobre. Empobrece e muito o ser humano.
A riqueza está em vivermos o amor no todo. Vivermos o amor por inteiro: sexualmente enquanto pudermos viver isto fisicamente ou biologicamente falando. E vivermos o amor sensível, vivermos nossos afetos bem em ordem, mas vivê-lo, sim. Isto sim para mim seria o “must”.
Conseguir isto é possível? Talvez sim. Tentar devemos e podemos.
Forte abraço fraterno. Lourdes Dias.
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Perfeita a sua análise!
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