terça-feira, 29 de junho de 2010
DESERTO
O deserto e suas tentações.
Quando Jesus decidiu-se por ficar um tempo a sós consigo mesmo e com o Pai, o que aconteceu a ele?
Não sei quanto tempo nós simples mortais atuais, modernos, o homem de hoje, conseguimos ficar sem comer e sem beber, acreditando que Jesus tenha ficado muitos dias, representados por 40, já que este tempo é um tempo simbólico para os Judeus. Representa os 40 anos do povo Judeu no deserto. Então pode ser um número representativo de dias ou Jesus pode ter ficado todo este tempo lá.
Mas de qualquer forma... Eu não consigo ficar 40 minutos sem comer ou beber alguma coisa. Sempre busco algo para beliscar. Qualquer coisa. Imaginem, eu 40 dias? Ficaria maluquinha.
Penso que após um grande tempo sem nos alimentar, ficamos magros feitos um palito. Pele e osso, tipo faquir. A falta de água e comida, se é que ele ficou literalmente em greve de fome, deve deixar nossa cabeça muito revirada. As tais tentações, são somente as nossas necessidades fisiológicas pedindo para serem supridas, sentimentos naturais e normais. Mas o que quero sublinhar em tudo isto, é que nós também precisamos de um bom tempo conosco mesmo. Quanto tempo você tira por dia, para colocar sua cabeça e pensamentos em ordem? Ver o que realmente é importante para você, enquanto ser humano. Onde você está ferido ou caminhando por caminhos errados. Jesus, sendo Deus e homem, fez isto literalmente. Por quê? Para nos ensinar que este anseio da alma em ficar em COMPLETA SOLIDÃO, é algo positivo.
Penso que embora a vida em comunidade seja algo saudável, o estar constantemente com os outros, nos faz vestirmos muitas máscaras, até no sentido de sermos agradáveis aos outros, e quando é que tiraremos nossas máscaras?
Tem pessoas que nem sabem que as tem, ou as usam. Tem pessoas que acreditam que são como são e pronto. Nada de procurar pelos em ovos, ou chifre na cabeça de cavalo (ditados populares para quem não quer buscar a autenticidade). Podem ser somente desculpas para continuarem vivendo da forma que vivem, sem se preocuparem em mudar nada.
Mudanças são importantes. As tais tentações naturais de Jesus tipo: fome. Quem não teria, depois de tantos dias sem se alimentar?
Desejo de colocar seus poderes à prova, tipo: jogar-se de um penhasco para testar o quanto o mundo espiritual ou sobrenatural estaria a seu dispor, quando precisasse realmente disto. Ou se realmente o mundo espiritual, o dos anjos, O ajudariam realmente: dúvidas de fé. Mas quem não teria isto estando por tanto tempo a sós?
O querer ter o controle sobre tudo e todos principalmente sobre os bens e riquezas? Ter o controle das pessoas e do mundo? Você acredita que não têm este tipo de sonhos ou desejos? E que isto seja algo não natural?
Que resposta você daria a todos estes questionamentos?
Eu diria um “SIM” redondo a tudo isto. Sentiria isto desta forma e tão intensamente quanto o Amado Jesus. Somos gente, gentemmmmm....
Mas Jesus não teve medo de se enfrentar. De se confrontar. E só deixou muito claro quais são nossos sentimentos e pensamentos em relação ao poder. Quer conhecer alguém, dá-lhe poderes. Poder sobre os outros e sobre as coisas. E se ele se parecer com Jesus usará isto para o bem. Se não? Usará bem mal. Ficar às sós é bom e só faz bem.
Experimente! Nada de medo! Coragem, Eu venci o mundo INTERIOR E EXTERIOR: diz Jesus. Forte abraço: Lourdes Dias.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
FALE DAS COISAS DO SENHOR, OPORTUNA OU INOPORTUNAMENTE.
Penso que nós gastamos muito do nosso tempo em discussões que não nos levarão a lugar nenhum.
Discussões: sinônimo de tempo perdido.
Tem determinadas pessoas que estão tão conscientes de que estão e são as certas, que para estas pessoas o Senhor diz: “Se você não quiser me seguir? Fique!”. Jesus nunca nos obrigou e nem nos obriga a nada. O seguimento à Jesus dever ser opcional e muito livre.
Quando tomamos decisões erradas e não queremos seguir Jesus por causa de certas feridas e bloqueios, Ele sempre dá um jeito de colocar as pessoas certas em nosso caminho, para que sejamos curados.
Mas se Jesus percebe que você é fruto de uma tradição, e que se tentar mudar suas idéias e pensamentos vai levar você à morte? Ele somente lapida e apara algumas arestas.
Exemplo: Se você não for cristão, mas viver de acordo com suas convicções, e se for alguém voltado para o bem, você se salvará. Você será julgado por suas convicções. Isto é bíblico também.
Não nos salvaremos por nossos dons, pois como já escrevi anteriormente, os dons são somente para serem usados para o outro. Se usamos mal? Paciência. Mas eles foram feitos para o bem. Temos que ser os melhores... Melhores para o outro.
Esta coisa de competição existe porque nascemos de uma competição. Não é verdade que vários espermatozóides correram... correram... e somente um ou alguns deram frutos? E os outros competidores? Morreram.
Pois é... Competir faz parte de nossas origens mais remotas. Mas o competir para sermos melhores em fazer o bem para os outros, isto sim, é uma competição santa.
Melhor para e não que os outros... Assim nos dizia Pe. Léo.
Este fale das coisas do Senhor? Entenda: escreva sobre as coisas do Senhor, medite, interprete, transmita. Transmita como souber e como quiser, as pessoas querendo isto ou não. Não se intimide! O nos deixarmos intimidar é que faz de nós pessoas frágeis. Nossa maneira de transmitir muito timidamente as coisas do Pai é que dá oportunidade a muitas dúvidas.
Penso que transmitir o bem, e o “BEM” supremo, faz de nós criaturas melhores. Melhores conosco mesmo, com os outros... e por aí vai. Transmitiremos as mensagens do Evangelho, de Jesus que nos leva ao Pai. O aceitar isto ou não? É outra história. Pois sempre quem dá o primeiro passo em nossa direção e em direção ao irmão é Deus. Então esquentar nossa cabeça, prá que? Colocamos as mensagens do Senhor. E o seguimento ou não? Não é problema nosso. Nada de ficar esperando a tal semente do Reino crescer, nãooo.... Deixe que naturalmente isto aconteça. Preocupe-se não. Forte abraço materno, fraterno, terno. Lourdes Dias.
sexta-feira, 25 de junho de 2010
CABEÇA CHEIINHA DE MINHOCAS...
Meus pais diziam que quando nossa cabeça estava cheia de pensamentos e questionamentos, estávamos com a cabeça cheia de minhocas. Interessante essa visão sobre nosso cérebro e pensamentos.
Estava pensando dentre muitas coisas, sobre se nascemos cópias, réplicas ou originais. Um dia me surpreendi com uma notícia sobre a impressão digital de um bebe, ele trazia as mesmas impressões digitais de seu pai. Como é que uma notícia dessas não teve nenhuma repercussão na mídia. FILHO COM AS MESMAS DIGITAIS DO PAI. Já que dizemos que somos originais e únicos a partir de nossas digitais como explicar tal fato? Então erramos, pois nossa originalidade não está em nossas digitais. Aí não está nossa identidade não. Dizem que pela retina, também podemos discernir nossa identidade, por não existirem duas iguais.
Mas tem um cara que não sei o nome, ou não me lembro agora, que diz que nascemos réplica, ou melhor, que os seres humanos em sua origem não nasceram únicos, mas réplica da matriz, digamos assim. Interessante isto!
Será verdade?
Será que erramos quando queremos ser únicos e originais e não ter nadica do outro. E se na realidade existir alguém igualzinho a nós, não somente fisicamente, mas no todo?
Pode ser possível, se alguma réplica ficou para trás. Rsrrs... Saber isto? Somente saberemos quando acontecer.
Nunca tinha lido isto em nenhum lugar, o homem que defende esta tese é o criador da MEMÉTICA, e do MEME, não sabia da existência desta idéia ou linha de pensamento. Interessantíssima!!
Pela lei da atração pelos iguais, que sei acontecer muito frequentemente por experiência própria, vou procurar encontrar alguém que seja totalmente igual a mim. Minha réplica. Rsrsrs... Se existir vou mostrá-la para vocês, ao vivo e a cores.
Quem disse que somos únicos e originais? Isto é bíblico? Será que nós seres humanos em nossa pouca sabedoria, dissemos isto? E é somente uma mentira que dita muitas vezes, nós acreditamos? Aliás... li que uma mentira dita muitas vezes e por várias gerações pode parecer com a verdade, mesmo não sendo.
Vejo que a maior luta minha, SIMPLES DONA DE CASA, e da maioria dos seres humanos, é a busca de sermos como fomos feitos originalmente, e pensamos erradamente, conforme esse criador da memética, que acredita que não existam seres originais a não ser nossa MATRIZ. Esta sim deveria ser única e original. Então estamos caminhando para nossas origens de forma errada. Buscarmos sermos seres irrepetíveis , é um erro e nunca chegaremos a lugar nenhum, ou a um consenso. Então quando vemos pessoas sósias umas das outras, não devemos nos assustar, pois réplicas podem existir sim.
Penso que talvez as diferenças, venham de crermos que quando somos gerados, existam espermatozóides diferentes e daí dentre eles, nenhum venha a se repetir, daí toda nossa diferença. E se existir um igualzinho? Podem acontecer réplicas sim, neste caso, sei lá. Sou leiga neste assunto e bobagens devem ser ditas também, às vezes, quando não se tem algo melhor para se fazer. Adorei pensar nisto, ter alguém que é minha réplica.
Beeemmm... Uma Lourdes já é osso duro de roer... Já pensou em duas? Ninguém “guenta”, como diriam meus filhos. Rsrsrs...
Pense nisso... Abraço. Lourdes Dias.
SCHOPENHAUER e minha decepção...
Como fiquei decepcionada quando vi ontem sobre alguns dos pensamentos de Schopenhauer sobre o amor.
Para ele o amor é somente uma forma de buscarmos o outro para procriarmos. A tal propagação da espécie humana. Puxaaaaaa!!! Que coisa horrível de se imaginar: fazer sexo só por causa disso. E nossa sensibilidade? E nossa afetividade? Não conta? Falar de sexo desta forma simplista parece-me simples demais e não concordo com ele não.
Se isto fosse verdade, muitos relacionamentos acabaríam depois dos filhos. Mas existem relacionamentos muito duradouros, com filhos ou sem eles. Dizer que vivemos tão somente pela perpetuação da espécie, sem levar em conta que somos seres sensíveis e afetivos, não me parece lá ser algo muito inteligente.
O dizer que o casamento ou matrimônio não trás felicidade, acho radicalizar demais as coisas. Existem casamentos (acasalamentos) e matrimônios (sacramento) felizes. Casais realizados, embora confesse, que pouquíssimos, coisa muito rara hoje em dia, mas que existem ... existem...
Esta coisa de dizer que nosso pensamento é que é o correto, sem deixarmos brechas para questionamentos e dúvidas à respeito, seja lá do que for, é fecharmos hermeticamente nossa cabeça para o novo. Como cantava Elis Regina: o novo sempre vem.
A novidade é própria do ser humano, penso eu. A busca pela novidade e pelo novo é algo nato. Pelo menos eu busco sempre algo novo, a cada dia, mesmo nas pequeninas coisas.
Beemmm... se amor é somente o encontro sexual entre duas pessoas, as coisas ficam sempre muito superficiais, pois simplesmente faríamos sexo com a primeira pessoa que encontrássemos e nos atraísse, sem a menor preocupação com o compromisso. Penso que isto é o caos. No meu modo de ver. Posso estar errada, afinal não pretendo fechar-me em meus próprios conceitos ou pensamentos.
Esta coisa de ligarmos o amor somente à procriação, é coisa muito pobre. Empobrece e muito o ser humano.
A riqueza está em vivermos o amor no todo. Vivermos o amor por inteiro: sexualmente enquanto pudermos viver isto fisicamente ou biologicamente falando. E vivermos o amor sensível, vivermos nossos afetos bem em ordem, mas vivê-lo, sim. Isto sim para mim seria o “must”.
Conseguir isto é possível? Talvez sim. Tentar devemos e podemos.
Forte abraço fraterno. Lourdes Dias.
TENDÊNCIA A VOLTAR ÀS ORIGENS...
Vendo Lya Luft, fiquei impressionada como temos pessoas que pensam muito igual a nós, daí toda fama e sucesso que as mesmas fazem. Muitas vezes pensamos coisas, mas não sabemos como expressá-las, daí quando alguém expressa de uma forma clara tudo isto que sentimos e pensamos, ficamos encantados. Razão da maioria do sucesso das pessoas que têm a coragem de se expor e de nadar contra a maré e colocar tudo às claras e em pratos bem limpos.
Não acredito que voltaremos a ser trogloditas, nesta volta nossa às origens, mas pensamentos e coisas que nos ajudaram a sermos mais felizes voltarão. E coisas que saíram de nosso controle e nos fizeram errar e muito, mudarão. O mundo ficará muito melhor a partir de nossos netos, creio eu. Nossos netos, caso os tenhamos, serão muito melhores que nós. Assim espero!
Esse potencial que o ser humano tem de acabar com a maldade e construir a bondade. A faculdade de se reconstruir para melhor, é algo extraordinário.
Penso que somos melhores em muitas coisas que nossos antepassados, lembra-se da época em que mulheres e crianças não contavam como sendo “gente”? Penso que esta mudança de mentalidade é muito boa. Dar valor ao ser humano independentemente do sexo ou idade.
O conforto que damos a nossa prole também. Lembra-se do fogão à lenha e coisa e tal? O fogão a gás é super prático e muitas outras coisas. A net. Tudo isto simplifica demais nossas vidas. Coisas boas. Claro se bem usadas e usadas para o bem (trocadilho), penso eu.
Mas aquilo que nossos antepassados nos deixaram de positivo, com certeza, nunca será destruído. Ao contrário.
Sobre estes seguimentos de blogs, orkut, twiter, tudo isto nos aprisiona um pouco, ficamos prisioneiros da opinião dos outros a nosso respeito. Sempre penso comigo mesma, vou dar uma entradinha no orkut e blog, para ver se alguém deixou algum comentário sobre meus escritos, ou deixou um oi... em meu orkut. Necessidade de que alguém nos diga que existimos. Interessante ver que esta necessidade existe desde todo sempre, mas com a net parece-me ser algo vital. Esta preocupação com o olhar do outro, se está voltado para nós ou não. Será que gostaram do que leram, ou seja, será que gostaram de mim? Já que o que escrevo é parte de mim? Nós humanos somos de fato interessantes. Eta animais interessantes somos nós os humanos. Caaareenntteesss... demais, penso eu.
Mas se vermos tudo de bom que temos ao nosso redor e a nosso favor, a favor do ser humano, faremos o bem. Escravo seja lá de quem, ou do que for é mal. A única bondade da escravidão é a facilidade de não termos que lutar pelo que cremos, pois o outro já faz isto por nós. Não temos que lutar por nossa sobrevivência, já que nossos “donos” fazem isto por nós. E coisa e tal... A liberdade tem um alto preço. O querermos pagar por ele, é o que temos que descobrir. Queremos realmente a tal liberdade?
Percebe que somos sempre prisioneiros de algo? Até de nós mesmos? De nossos conceitos e idéias?
Pense nisto, pois segundo alguns filósofos, a vida só vale a pena se for refletida. E criança também pensa, segundo Lya Luft.
Abraço fraterno. E todo bem e toda graça a todos. Simplismenti Lurdis... ou simplesmente: Lourdes Dias. Rsrsrs...
sábado, 12 de junho de 2010
INTIMIDADE: INTERNET
Assistindo um programa de TV que falava sobre o “por que” as pessoas às vezes interessam-se mais por pessoas à nível de relacionamento virtual, do que por aquelas com quem convivem diariamente?
Uma das causas indicadas por pesquisas é a intimidade.
Sem procurar em nenhum dicionário, mas intimidade para mim significa: conhecer intimamente alguém ou deixar-se conhecer intimamente.
Segundo as pesquisas, sexo não é a prioridade das pessoas. Sejam elas quem forem.
Mas por que nos tornamos íntimos de “estranhos” e não dos nossos?
Penso que quando decidimos namorar ou conviver com o outro, temos a expectativa de que como uma caixinha de surpresas, sejamos surpreendidos pela abertura gradativa, gradual, pouco a pouco, dos sentimentos, pensamentos, modo de ver a vida, o porque da pessoa ser e pensar como pensa e sente. Isto no meu simples modo de ver, sem generalizar nada. Isto é pessoal.
A intimidade nos aproxima muito mais do que nos afasta. Mas no dia a dia, temos dificuldade em expressar nossos sentimentos. Talvez medo de não sermos amados ou aceitos como somos ou estamos naquele momento.
Mas de uma coisa estou certa: quando estamos diante de uma pessoa que é alguém hermeticamente fechado, dificilmente estabeleceremos laços de intimidade, pois como sermos íntimos de alguém que não quer isto? A caixinha de surpresa que somos nós tem que ter uma surpresa para as pessoas a cada dia. Assim a pessoa terá prazer em conhecer o novo que existe em todos e em cada um de nós. A novidade desperta a curiosidade que está em nós, seres humanos, e a partir da curiosidade, travamos conhecimento e nos relacionamos.
Penso que podemos sentir uma certa atração por alguém e na medida que o conhecemos nos decepcionarmos, por não corresponder às nossas expectativas, mas creio também que isto acontece muito raramente, pois nós temos uma tendência a amar as pessoas muito mais por suas fraquezas e fragilidades, que por suas qualidades. Quando descobrimos que tal pessoa age de tal forma por ser frágil, ferida e coisa e tal, nós amamos muito mais. Pois qualidade, é muito mais fácil de se ver do que os defeitos e fragilidades. Comigo? Quase sempre amo e dou preferência pelos mais frágeis e feridos na alma, tipo o amor de Jesus por todos e por cada um. Tento ser assim, mas nem sempre consigo, mas tentar? Eu tento.
Quanto à Deus? Penso que a intimidade com Ele seja quase da mesma forma como a de nós humanos, com uma pequena ou grande diferença: para Deus não existe expectativa ou surpresa em relação a nós, pois nos conhece integralmente, mesmo antes de sermos gerados. Deus sabe como seremos quando estivermos terminados. Aliás!!! Somente Ele sabe disto. Ele nos vê completos, acabados. Pois a obra que somos nós e que é Dele, Ele não deixa por fazer.
Expectativas de Deus em relação a nós? 0 (zero) nenhuma, nenhuma.
Desapontamentos de Deus em relação a nossas atitudes? 0 (zero).
Caixinha de surpresa para Deus? Não.
Somos caixas de surpresa para os outros e para nós, pois não nos conhecemos inteiramente, mas Deus nos conhece assim: totalmente.
Por que muitos relacionamentos terminam? Penso que um dos motivos seja este, pois não amamos quem não conhecemos e se a outra pessoa não se permite conhecer, é uma caixinha de surpresas sempre bem fechada, dificilmente amaremos tal pessoa. Podemos conviver e conviver anos a fio, mas amar é impossível.
A amizade ou o convívio virtual, desbloqueia, nos deixamos conhecer, e conhecer o nosso melhor e talvez até nosso pior, mas as pessoas normalmente gostam do que vêem: seres humanos, tão humanos quanto elas. Isto forma laços até maiores que quando convivermos cara a cara, digamos assim. O fato de nos deixarmos conhecer pelo outro é que nos faz íntimos.
Com Deus, já que nunca O surpreenderemos, nossa intimidade acontece a partir de conhecermos a Ele passo a passo e a cada dia. Deus sim é uma grande caixa de surpresa para nós. E a intimidade se forma durante cada segundo que vivemos. Isto se quisermos, claro.
Forte abraço. Lourdes Dias.
domingo, 6 de junho de 2010
CIGANA? ÍNDIA?
Cigano e índio, são alguns dos gens que trago por herança.
Interessante que meu pai gostava muito de mudar de casa, e nós não entendíamos muito bem a razão de tudo isto. Minha mãe Margarida sempre dizia: “ Eta Lindorfo, vamo mudá di novu? Você gosta de andá com a casa nas costas qui nem caracór. Rsrsrss...” Era assim mesmo que ela falava, cada vez que meu pai Lindolfo pensava em mudanças.
Daí depois de muitos anos, descobri que somos descendentes de índios (minha bisavó) e ciganos me parece que da parte de meus pais. Comecei a entender um pouco sobre meus comportamentos e de meu pai. Nunca consigo deixar uma coisa no lugar por muito tempo, tenho dentro de mim uma espécie de necessidade de não estar num mesmo lugar, tipo nômade. Criar raízes, ou fincar os pés num determinado espaço, me é muito difícil. Pensava que isto fosse coisa que precisasse de cura, mas nãoooo... Sou descendente de nômades. E a tal genética não falha nunca.
Sempre falava pro Alfredo: “Quanto tivermos criado nossos filhos, quero morar em um trailler.” E olha que nem sabia que os ciganos de hoje vivem em traillers. Que coisa engraçada. A força do sangue. O sangue que grita e mesmo que você nem entenda porque determinados comportamentos aparecem, tudo tem uma lógica. Para mim tudo isto faz o maior sentido agora.
Para nos conhecermos melhor é preciso que saibamos nossas origens, somente quando isto não for possível, é que devemos deixar pra lá, mas se for possível, penso que é essencial.
Minha avó usava brincos de argola de ouro. Isto me deixava curiosa. Ela usava muitas saias compridas, não coloridas, mas compridas até o pé. Usava um lencinho amarrado na cabeça. E nem ela sabia porque gostava de se vestir desta maneira. Na época em que era viva, já usávamos trajes modernos, calça comprida e coisa e tal, mas ela não. Sempre pensei que ela vestia-se assim por ser extremamente católica e não queria mostrar as pernas. Seus cabelos eram muito longos, ia até o calcanhar, e sempre usava coque, como chamávamos. Usava o cabelo, tipo enrolado. Interessante! Agora as coisas estavam ficando muito mais claras.
Não conheço nada sobre ciganos. Aliás... Minha avó não esmolava, pois não precisou, mas ajudava muito os que lhe pediam esmola. Quem sabe ela sabia que seus ancestrais esmolavam e daí ajudava os pobres em sua sobrevivência. Ela dizia que isto era caridade.
Vou tentar conhecer mais os ciganos e o comportamento índio para poder me conhecer ainda melhor.
Agora sei porque me identifiquei com as Aldeias de Vida. Afinal, aldeia lembra sempre índio, né mesmo? E nossa espiritualidade católica das Aldeias é sempre embasada na arte (teatro, música, dança, festa, esporte) e quase tudo o que acontece lá é tipo teatral e improvisado. Lá é tudo muito simples, tipo cigano. Parece até coisa de circo e coisa e tal. Percebem a identificação?
Nossas Aldeias é tipo um teatro católico. Teatro embasado na Palavra de Deus. Teatro que é embasado na vida real e nos ensina como viver a vida tal qual ela é. Um ousar existir. Ousar viver a vida, aqueles que pensam em desistir dela.... Ou aqueles que decidiram viver melhor a vida que Deus lhes deu. Viver... Vivendo. Digamos assim.
Por isso ter preconceitos é coisa muito errada. Ter preconceitos diante dos ciganos, dos índios, dos negros, dos pobres, dos brancos, é coisa horrível mesmo, porque nunca sabemos de onde viemos e se rejeitamos nossos irmãos, nos rejeitamos também.
Quero agradecer ao Senhor por cada descoberta que faço de mim. Fico cada vez mais parecida com meu Senhor. Afinal somos ou não somos Sua Imagem e Semelhança? Lourdes Dias. PS.: DADOS IMPORTANTES: NASCI EM 25/05 E MINHA IRMÃ FÁTIMA EM 08/04... datas importantíssimas para o povo cigano. Não acredito em coincidências.
sábado, 5 de junho de 2010
SER OU NÃO SER: EIS A QUESTÃO.
O comum nos dias de hoje, é esta busca de nossa identidade, e a preocupação da perda da mesma.
Perguntamos com muita freqüência: o que sou eu ou quem sou eu?
Em que me tornei? Ou como me tornei naquilo ou naquela que sou hoje?
Simples... simples... simples...
Sou uma filha amada e querida por Deus. Não é simples?
Mesmo que alguém ou alguns não me quisessem, ou seja lá quem for, ainda não me queiram bem, Deus o Sumo bem me quer e muito. Ele me quer bem e muito bem. Então? Choro por que?
Se sei quem sou para Deus? Que me interessa o que penso sobre mim ou quem pense o que sobre mim. Não importa. Nãoooo importaaaaaaa!!!!
Na verdade queridos, o que importa é o que Deus pensa sobre mim. E Ele o Bem Supremo, espera e pensa sempre o melhor sobre eu e você. Creia nisto. Mesmo que o mundo ou as pessoas ao seu redor, teimem em querer fazer com que você se sinta um nada. Não acredite nisto! Isto é uma ordem! Creia em Deus e somente Nele.
Deus desejou você e ainda deseja você.
Deus amou você e ama você, desde sempre.
Deus o criou para algo grande.
Deus o criou para o amor e para amar.
Para O AMOR.
Deus o criou para Ele: O AMOR.
O Amor com “A” maiúsculo. Com todas as letras garrafais e maiúsculas, isto Ele e eu posso lhe garantir.
Ser simplesmente e tomar consciência de quem você é: filho (a) amado(a) de Deus faz a grande diferença.
Quanto aos seus pecadinhos? Pe. Hugo Greco nos dizia: Deixe os seus pecadinhos pra lá e ame a Jesus. Deixe pra lá. Enterre seus pecados, bem enterrados. Deixe de se preocupar com eles. Pecados confessados, são pecados perdoados, hoje e sempre.
Viu quem é você? Viu quem sou eu?
E a partir de assumirmos isto, as coisas entrarão nos eixos, aquilo que for caos deixará de ser e passará a ser apenas um desdobramento de você enquanto pessoa, seja lá o que isto signifique aos olhos do Deus Amado, do Deus Amor.
Abração fraterno, materno, terno. Lourdes Dias.
RELIGIÃO: O PIO DO POVO E NÃO...
Acabei de ler isso em Lola entrelinhas, achei fabuloso e diz tudo o que penso: “Religião, não é o ópio do povo, mas o PIO do povo.” Essa foi demais!! Rsrsrsrs...
Interessante que tem pessoas que pensam isso mesmo, que a religião é para nos alienarmos da realidade, mas todos os ditos e tidos... Gostei disto... Ditos e tidos.... Tidos e ditos... Rsrsrsrs..., mas os nossos santos de altares, não tem nada de inebriados por ópio, ou seja lá por que droga for. A realidade de nossos santos é uma realidade nua e crua. Eles vivem por servirem aos que nada possuem, seja em relação aos bens materiais ou espirituais, e nada de alienação nãoooo... Arregaçam as mangas e com lágrimas e espinhos ajudam aos que nada tem.
Isso não é ser alienado, etezado, ou seja, lá, o nome que queiram dar a quem segue a risca aquilo que acredita. A religião nos ajuda a sermos civilizados, a olhar para o umbigo do outro, como costumo brincar, nos ajuda a deixarmos de olhar para nosso próprio umbigo, para olharmos para o do outro. Rsrsrs... Rio, porém nunca falei tão sério em toda minha vida.
Quem vive a experiência de uma religião sóbria e consciente, se torna uma pessoa surpreendente, mas veja bem, desde que viva isso. Não somente pregue assim, mas tente dar testemunho fiel de sua vivência.
E na verdade a Religião é o “PIO” de quem não deixam piar. A religião é a voz daqueles que não tem voz. E se sua religião não for isso e assim, então tá tudo errado, penso eu.
Legal: Religião é o pio... Ou o piu... piu... de nós, um povo sem voz e nem vez.
Abração a Lola e a todos. Lourdes Dias P.S.: escrito em 10/2009.
SOBRE PERDÃO E A QUEM DEVO PERDOAR?
Fiz parte da vigília em nossa última Aldeia de Vida, foi o “must”, tudo de bom e todo bem. Ficamos muito tempo diante do Santíssimo em adoração e intercessão. Adoração ao Senhor e intercessão pelo seu povo escolhido. Povo sofrido, aquele que é o preferido do Senhor, lembra-se? Ovelhas prediletas? Pois é... Foi por estas e outras que estivemos três dias em oração. Deus seja louvado por isto tudo. Para sempre seja louvado!
Lá me deram um papelzinho escrito o que Deus estava fazendo em mim naqueles dias. Na hora fiquei meio confusa. A palavrinha mágica era: PERDÃO.
Fiquei a pensar em quem eu deveria perdoar ou pedir o tal perdão.
Veio a minha mente quase que imediatamente: VOCE DEVE SE PERDOAR E PERDOAR A DEUS. Puxa!!! Quanta ligeireza mental, rsrsrs...
Daí chegou como por encanto ou providência, essa eu acredito mais, mas chegou às minhas mãos o livro A Cabana. Fiquei um pouco com preguiça de começar a lê-lo, mas depois de saber qual era o conteúdo, entendi imediatamente o processo que estava vivendo HOJE. Achei belo e fiquei grata ao Senhor por tamanha delicadeza, providenciar aquilo que eu precisava: o alimento, o pão de cada dia, o pão do dia de hoje.
Depois de conversar com minha terapeuta, vi que o milagre do perdão estava começando a se realizar EM MIM, a partir do Perdão maior que é o Senhor. O Sumo bem e o Sumo perdão, Aquele que me perdoa, e que nos perdoa sempre... sempre... Sabia que o Senhor estava querendo me ensinar como viver o perdão a partir disto: de perdoar meus pecados cometidos e perdoá-Lo pelas perdas, por pensar que permitiu ou que Ele mesmo tenha tirado a vida dos meus amados, de maneira tão ríspida e agressiva. Daí entender que Deus não nos tira nada. Quem tira as coisas ou nossos amados é o mal, este sim faz isto. Mas Deus é o Sumo e Perfeito bem, Ele somente permite que façamos de acordo com nossas próprias escolhas. Podemos escolher entre a vida e a morte, entre o bem e o mal. Se fizermos escolhas pelo mal? Deus nada fará quando a isto. A liberdade de escolha é algo intocável, diz o Senhor. Sois livres!
Mas este processo de cura através do perdão, dói um bocado, pois como posso perdoar a mim mesma, por tantas loucuras cometidas no passado e até nos dias presentes? Mas se acredito, e eu acredito, que ao confessar meus pecados ao sacerdote e portanto ao próprio Deus, sou imediatamente perdoada, como não me perdoar? Como ainda insistir em querer ser mais que o meu Senhor, que me perdoa sempre? Pois é... pois é... pois é... como é comum fazermos isto: não nos perdoarmos, querer ser mais que Deus, grande erro este, e coisa do maligno, penso eu.
Então? Que tal começarmos juntos a nos perdoar e perdoar a Deus, e somente a partir daí, possuirmos EM NÓS a capacidade de perdoar os nossos irmãos?
Este não é um caminho fácil, somente quando contamos com a graça, poderemos viver isto e assim, mas só chegaremos a esta meta e a este objetivo a partir de nossos passos em direção ao Senhor. Somente Ele poderá nos conceder esta enorme graça, que nos fará mais santos, com toda certeza.
Vamos caminhar juntos? Boa caminhada!
E que Deus nos abençõe, hoje e sempre.
Abraço forte. Lourdes Dias.
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